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Crítica- A Mula: Um Clint Eastwood diferente, porém ainda brilhante

Estreou recentemente nos cinemas brasileiros o longa A Mula distribuído pela Warner Bros, do veterano Clint Eastwood, gênio por trás da trilogia do Homem sem Nome, além de diretor de sucessos como Menina do Ouro, Sobre Meninos e Lobos e Gran Torino. Aqui Eastwood de oitenta e oito anos além de dirigir, é o ator principal da trama.
Com roteiro de Nick Schenk, baseado num artigo do jornal New York TimesThe Sinaloa Cartel’s 90-Year-Old Drug Mule” escrito por Sam Dolnick. Na trama o senhor Eastwood é Earl Stone, um herói da Segunda Guerra Mundial, ganhador de inúmeros prêmios como um cultivador de flores, viajou por todos os EUA em sua picape velha.

O que acarretou em um afastamento de sua família, principalmente da sua ex-esposa       (Dianne Wiest) e filha (também na vida real, Alison Eastwood), porém ainda tem um forte apreço de sua neta (Taissa Farmiga). Com a hipoteca vencida e sem ter para onde ir, Earl vai ao casamento de sua neta, lá entra em contato com um contrabandista de droga, que se aproveitando da idade e do currículo de nunca ter levado uma multa sequer, julga Stone acima de qualquer suspeita para transportar quilos e mais quilos de cocaína pelo país, fazendo uma fortuna e provendo o que nunca pode para sua familia.
Com a polícia na busca das mulas do título e o cerco fechando, Earl ainda assim consegue fazer viagens sem levantar suspeitas, porém tudo pode mudar na curva seguinte. Com várias aparições de atores renomados como Bradley Cooper, Laurence Fishburne, Michael Peña e Andy Garcia. Todo o elenco tem atuações únicas, mas a graça do filme está mais uma vez no senhor Eastwood, muitas vezes no longa, é como viajar de carro com ele, pelo interior dos EUA, é algo maravilhoso para os fãs desse incrível ator e diretor.
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Na direção Eastwood prova mais uma vez ser mais do que competente do outro lado das câmeras, com uma mão forte e sem ficar clichê ou com toques de comédia demais, o filme passa o que o roteiro pretende passar. E é muito bom, não tem grandes reviravoltas, nem o Earl virando um pistoleiro como nos longas antigos do Clint, porém esse não é  sobre isso, é uma história sobre família, as escolhas que fazemos ao longo de nossas vidas e que não podemos voltar atrás, é melancólico e mostra o peso de cada decisão, principalmente no quesito mais importante, nossas famílias.
A trilha é ótima e compõe muito bem as cenas do longa, principalmente nas cenas com o rádio do carro. A fotografia mostra um EUA nem sempre mostrado, não existem grandes cidades, apenas o interior americano, com muitas fazendas e campos.
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A Mula não é o maior filme do Clint Eastwood, mas ainda mostra toda sua força, seja na atuação seja na direção, com um elenco de apoio ótimo, um roteiro muito bem sacado, está entre os melhores filmes que estrearam nesse ano até agora.
Atuação: 9
Direção: 9
Fotografia: 8
Trilha: 7
Roteiro: 7
Nota final: 8
 

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