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Catarina: A Grande (HBO) – Crítica

E esse ano a HBO está com tudo.

Já tendo um ótimo histórico na produção de séries e minissérie históricas, como Roma e a incrível minissérie Chernobyl, agora nesse fim de ano trás mais uma minissérie histórica, fazendo uma dobradinha na história russa, com Catarina: A Grande.

Olha, pela animação dessa introdução parece que está boa.

Caro leitor, você está correto. Mas antes de ir para os méritos e deméritos, um pouco de contexto histórico:

Catarina II foi imperatriz da Rússia de 1762 à 1796 (ano de sua morte). De origem alemã, casou-se com Pedro III, mas seu casamento foi muito problemático, o que levou Catarina à conspirar e depor seu marido, assumindo assim o trono russo.

Basicamente é esse o cenário que a série começa, tendo apenas algumas falas e diálogos sobre o que aconteceu pré início do reinado de Catarina.

Hm… Promissor. E o que a minissérie entrega?

De forma simplista: entrega uma baita minissérie histórica.

Na área técnica, temos o primoroso trabalho de ambientação e contextualização histórica, além de uma gama de figurinos, maquiagem e efeitos especiais (práticos ou computadorizados) que sabemos fazer parte do padrão alto de qualidade que a HBO faz.

Quanto as atuações: Helen Mirren faz um excelente trabalho como Catarina II, levando muito bem o enredo pelos 4 episódios e Jason Clarke impressiona como Grigory Potenkim, mas aí que vem um problema da minissérie. A atuação dos dois é tão boa que distancia muito do resto do elenco. Não é que os outros atores não fazem um trabalho bom, sendo justo não temos uma atuação ruim, mas o nível de excelência que Mirren e Clarke alcançam trazem um desequilíbrio para a minisérie.

Mas você não disse que é uma baita minissérie?

De fato a minissérie é muito boa, e esse desequilíbrio entre as atuações dos dois personagens principais e o restante do elenco não é uma questão que vá desmerecer o trabalho em geral. Mas essa diferença gera uma vontade de só prestar atenção neles dois, o que para uma minissérie histórica não é bom porque a História em si não é movida só por duas pessoas.

E um fator que possa incomodar uma parcela dos espectadores, o que não foi o meu caso, é que para um programa que só tem 4 episódios, o roteiro acaba por dar uma atenção divida entre Catarina e Potenkim, além de dar uma relevância desnecessária na vulgaridade presente na vida da Imperatriz.

Esse segundo ponto confesso que me incomodou, porque tendo poucos episódios eles podiam ter dado atenção mais ao protagonismo de Catarina em certas questões históricas (como a Guerra Turco – Russa), mas não prejudica a imagem de uma política inigualável como foi Catarina II.

E como fica a nota então?

Já adianto que para mim, essa é uma minissérie de média alta.

Apesar dos pontos que destaquei, o roteiro consegue costurar bem os fatos reais e nos apresenta um ótimo drama histórico, lógico a série é uma adaptação dos acontecimentos e por favor não leve séries e minisséries históricas como 100% verdade. Entretanto é inegável que há nessas produções da HBO uma excelente consultoria histórica.

Dito isso, Catarina: A Grande fica com uma nota de 7,5/10 na escala de qualidade Multiverso+.

E você? O que achou da minissérie? Escreva nos comentários sua opinião e siga o Multiverso+ nas redes sociais.

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Um historiador por profissão, que ama cinema e televisão e escreve por diversão.

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