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Crítica- A Favotira: traições e sexo na corte inglesa
Estamos em cima do Oscar 2019 e um dos filmes com mais indicações é A Favorita distribuído pela Fox Searchlight Pictures, que junto com o mexicano Roma garantiu 10 delas, incluindo melhor filme, melhor direção para Yorgos Lanthimos, melhor atriz para Olivia Colman( vencedora do Globo de Ouro de melhor atriz em comédia ou musical), atriz coadjuvante conseguiu duas nomeações para a Emma Stone e para Rachel Weisz além de roteiro original, figurino entre outros.
No longa passado em 1708 durante o conflito entre a França e a recém-oficializada Grã-Bretanha durante o período da Guerra de Sucessão Espanhola( incluiu outros países da Europa, mas isso não chega a ser abordado no longa), aliás toda a batalha é um pano de fundo, de fato está lá apenas para situar o filme num período histórico específico.
A rainha Anne da Inglaterra é a personagem principal da película e está brilhantemente interpretada pela Olivia Colman, que tem ao seu lado sua confidente, amiga e amante Sarah Churchill(Rachel Weisz) a duquesa de Marlborough, Anne tem pouco interesse em comandar o país, tem problemas de saúde, além de dezessete coelhos, cada um representando um filho que ela perdeu ao longo das décadas, quem realmente comanda o país de forma brilhante é a duquesa, que tem a benção da monarca para fazer o que bem entender. Churchill é casada com um importante general, que vive nos campos de batalha na maior parte do longa.
Sarah, porém não é incontestável em suas estratégias, tendo um forte opositor Robert Harley (Nicholas Hout) membro do parlamento e como senhor de terras contrário a guerra e os aumento de impostos para sustentá-la.
Porém a maior mudança ocorre logo no início do filme, com uma prima pobre de Sarah chegando para trabalhar para ela no castelo, Abigail Hill(Emma Stone) logo é acolhida, porém as intenções de todos nunca são o que parecem.
O ponto alto do filme são as interpretações, principalmente do triangulo amoroso e com cenas quentes formado pela rainha, Sarah e Abigail, todas estão muito bem, porém a interpretação de Olivia Colman como uma monarca fraca, simplória, com tendências homossexuais, doente e frustrada é algo fora da curva. A Rachel Weisz e a Emma Stone estão ótimas, mas sempre são um pouco ofuscadas pelo brilhantismo de Colman.
Como filmes de época em geral, o figurino é algo essencial, aqui temos um belas vestimentas, tanto das damas como dos cavalheiros da alta corte britânica. O roteiro é bom, mas não chega a ser brilhante, é um pouco arrastado, demorando para engrenar e no fim torna-se um pouco previsível.
A trilha sonora é boa, fazendo-se notar nos momentos exatos, a direção de Yorgos Lanthimos tenta ser moderna demais as vezes, isso causa certa estranheza, principalmente num público mais velho, que deveria ser o foco do longa.
A favorita é um dos filmes mais indicados ao Oscar desse ano e com certeza vai levar alguns para casa, mesmo que esteja para somar número em certas categorias, ainda é um filme que pode ser interessante assistir. Dos indicados ao prêmio é sem dúvida o que conta com as melhores interpretações como um todo, além de uma trama de época que já tem uma certa poesia e algumas cenas ousadas.
Atuação: 10
Fotografia: 7
Direção: 7
Roteiro: 6
Trilha: 8
Final: 7
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