O thriller Instinto Materno acaba de estrear nos cinemas nesta quinta-feira (28). Você precisa aproveitar…
Crítica: Donzela não desagrada, mas não agrada muito
Donzela, o mais novo filme de Millie Bobby Brown na Netflix, tenta trazer mensagem de empoderamento feminino, mas sua entrega é bem morna. O filme acaba sendo interessante para matar o tempo, mas deve passar longe de grandes premiações.
A trama começa seguindo uma narrativa padrão meio batida. A protagonista é uma jovem, chamada Elodie (Millie Bobby Brown), que não se enquadra totalmente nas convenções. Ela sabe se portar bem, ser educada e elegante quando necessário, mas também tem seu lado criança e moleca, que é aflorado com sua irmã mais nova. Precisando de dinheiro, seu pai faz um acordo de casá-la com um príncipe e tudo parece um conto de fadas a partir daí.
O jovem príncipe é lindo e encantador, o casal se dá muito bem desde o início, a família dele parece ser maravilhosa, mas tudo que é muito perfeito costuma ter um problema. É o caso não só do príncipe, mas todo o seu reino. Após o casamento, a jovem é atirada em uma caverna para ser devorada por uma dragão.
O motivo é revelado ao longo do trama, mas não é muito convincente. Afinal, após matar os bebês de uma dragão que quer vingança, o rei se compromete a sacrificar suas três filhas, mas não cumpre a promessa da forma que deveria e a tradição é passada de geração para geração. Como ninguém nunca reparou que dezenas de princesas recém casadas desaparecem?
Também é bem problemática a disputa de Elodie e a dragão, em que há diversos momentos que a jovem poderia ter morrido, mas simplesmente não acontece. Além disso, como essa garota consegue fugir tanto da dragão, que tem uma super audição, dando tantos gritos de dor em uma caverna?
Porém, a transformação de Elodie de princesa de um conto de fadas até uma guerreira destemida é muito bonita visualmente. Uma mudança que se mostra fisicamente com seu belo vestido de casamento se desfazendo aos poucos a cada novo desafio enfrentado pela jovem e eventualmente um corte de seus longos cabelos.
A jovem passa também por uma mudança de mentalidade de coitadinha para sobrevivente. E Elodie não está sozinha nesta jornada. Afinal, ela não é a primeira a passar por aquela situação e cada jovem deixa um pedacinho de si e seus conhecimentos na jornada. Assim, o filme foi mostrar que juntas as mulheres são mais fortes e conseguem tudo. Até a dragão acaba entrando para a sororidade em uma resolução de problemas muito fácil.
No fim, Donzela é um grande “Sessão da Tarde” nada memorável. O filme está disponível na Netflix desde o dia 8 de março.
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Formada em Comunicação Social pela UFRJ.
Pode me chamar de Cla ou Clari.
Estou sempre de olho no mundo dos esports para trazer o melhor conteúdo para vocês.
E adoro maratonar séries e filmes nas horas vagas! Então podem esperar algumas críticas de produtos audiovisuais bem mainstream por aqui também.
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