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Crítica: Tempestade Ácida é um filme de desastre natural e um alerta
Tempestade Ácida (Acide) é um alerta sobre o que pode acontecer se não cuidarmos melhor do planeta. O mais novo filme do diretor Just Philippot é uma aventura dramática, sobre um desastre ambiental que abala a França com o início de uma temporada de chuva ácida por todo o país.
O filme é uma expansão de um curta dirigido também por Philippot e lançado em 2018. O longa é vencedor do Prix Ecoprod no Festival de Cannes.
No filme, pais divorciados precisam trabalhar juntos para encontrarem e protegerem sua filha, enquanto tentam sobreviver ao desastre natural. Confesso que o drama familiar ficou meio confuso para mim no começo e se prolongou muito.
Michal (Guillaume Canet) é um trabalhador de fábrica que se envolte em uma manifestação acalorada e como consequência conquista uma tornozeleira eletrônica – que sinceramente não acrescentou nada de relevante à história. Ele tem uma namorada Karin (Suliane Brahim), que vai passar por uma cirurgia após um acidente de trabalho. A filha de Michal, Selma (Patience Munchenbach), está enfrentando problemas na escola por conta do temperamento do pai e não está se entendendo bem com a mãe, Elise (Laetitia Dosch).
Foi um pouco desanimador esperar a trama engrenar, ainda mais se levar em conta que tiveram momentos de chuva normal nesse meio tempo. Isso acabou apenas me deixando mais ansiosa para ver a ação começar logo.
A chuva ácida em si é uma mera coadjuvante que aparece em momentos oportunos para fazer a história avançar. O grande foco do filme é sim o relacionamento humano, assim como a maioria dos filmes de desastres naturais. Porém, sendo uma grande fã de filmes americanos deste tipo, o enfoque francês sobre o tema me chamou muito a atenção.
Isto porquê não houve grandes momentos de debates éticos e disputas de recursos, tão usuais nos filmes americanos. Talvez por ter passado por diversas guerras, o povo francês se mostrou mais preparado para o desastre. Há uma espécie de código de honra não falado, seja pedindo ajuda quando necessário e respeitando os escassos recursos alheios.
Michal faz de tudo pela sobrevivência de sua família, mas a inocência de Selma as vezes atrapalha e dificulta a sobrevivência da família.
Em termos de realismo, o filme deixou a desejar. Fumaça de gelo seco se tornou a solução fácil para representar a Tempestade Ácida. No próprio filme há recomendação das autoridades para que ninguém encoste e que removam qualquer peça de roupa que encoste na chuva, mas há diversos momentos que as pessoas encostam nos carros molhados sem qualquer consequência.
A interação com a chuva era para ser mortal, porém acaba sendo utilizada dessa forma apenas quando conveniente, o que não ajuda na imersão. Mas definitivamente não é um final alegre, na verdade foi bem ácido. E embora não tenha sido no mesmo nível, me lembrou bastante do fim de O Nevoeiro.
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Tempestade Ácida chegou no dia 1° de outubro exclusivamente no canal de streaming Adrenalina Pura, que possui um catálogo de mais de 350 produções de diferentes gêneros a partir de R$ 14,90 por mês. O canal de streaming e o filme podem ser acessados através do Prime Video Channels, Apple TV e Claro TV+.
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