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O Halloween do Hubie: Crítica com spoilers do filme do Adam Sandler
O Halloween do Hubie é um novo original Netflix que estreou em 7 de outubro de 2020 e em poucos dias entrou para o top 10 da plataforma. O fato de ter Adam Sandler e sua turma no elenco ajuda bastante a atingir esse patamar, mas isso não quer dizer que seja um bom filme.
O Halloween do Hubie conta a história de Hubie Dubois (Adam Sandler), um cara que não é muito popular, mas mesmo sofrendo bullying e sendo medroso ele tem bom coração e busca ao máximo garantir a segurança de todos os cidadãos Salem.
O filme traz alguns easter eggs de tributos a clássicos do terror como Pânico, Exorcista, Halloween e A Hora do Espanto. Por ser um filme na temática de Halloween, traz alguns sustos momentâneos, mas nada que atrapalhe o sono. Mas a trama segue a fórmula Adam Sandler: bastante leveza e muitas piadinhas, inclusive escatológicas.
Personagens forçados
Por mais que o longa traga uma mensagem positiva de que bullying é errado e que devemos tratar bens os outros, sua execução é bem fraquinha. Na narrativa perde-se muito tempo mostrando cidadãos maltratando Hubie por ser diferente com situações forçadas dignas de crianças de 10 anos e não adultos.
Seguindo a linha do forçado, Hubie leva tudo bem até demais sempre na esportiva e de forma inabalável, impossível de acontecer na vida real. Sem contar sua crush de infância, Violet (Julie Bowen, de Modern Family), que foge totalmente do que seria de se esperar de uma mulher adulta com três filhos, se apresentando toda abobalhada tentando mandar indiretas e se mostrar disponível sem que ele consiga perceber.
Por fim, há também adolescentes que nem parecem adolescentes do mundo real, sendo mais parecidos com protagonistas da Malhação dos anos 2000. Tommy (Noah Schnapp, de Stranger Things) e Megan (Paris Berelc, de Alexa & Katie) dão o seu melhor tentando tornar o texto natural, mas há momentos como a conversa deles com Hubie no milharal ou quando ele aparece na casa de Violet para pedir que as crianças não saiam de casa.
Desenvolvimento da história
Na trama há também um fugitivo do hospício e um lobisomem a solta e pessoas, justamente os que praticam bullying, começam a desaparecer. E isso parecia que seria a grande batalha de Hubie no Halloween. A história vai ganhando velocidade e ficando interessante com esses dois possíveis assassinos, mas acaba se mostrando uma piada sem graça para fazer Rob Schneider (Gente Grande) ter sua costumeira aparição em um filme de Adam Sandler.
Já o verdadeiro responsável pelo desaparecimento das pessoas é um momento bem Sexta-Feira 13 raiz. Lembra quem era o verdadeiro assassino do primeiro filme?
O clímax da trama termina em uma lição de moral extremamente forçada de que bullying não é legal. Porém, levanta um questionamento importante: a censura é catorze anos mesmo ou este filme é para crianças?
O Halloween do Hubie consegue arrancar alguns risos e traz uma mensagem importantíssima. Seu problema foi a execução. Os diálogos poderiam ter sido escritos de forma mais natural e a construção engessada de personagens em estereótipos. Mas uma coisa é certa, a fórmula dos filmes de Adam Sandler está presente.
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