Homem Aranha: Sem volta para casa – Crítica com spoilers

Não é segredo para ninguém que Homem Aranha: Sem volta pra casa, já é considerado um ” filme evento” nível Vingadores. Depois do final  bombástico de Homem Aranha: Longe de Casa, na qual o vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal) revelou a identidade do Aranha para todo o mundo, Peter Parker (Tom Holland) precisa lidar com a situação do mundo todo saber quem ele é, e também ser acusado de assassinar o Mysterio.

Percebendo que seria a única maneira de resolver esse problema e limpar a barra de todos a sua volta, Peter decide ir em busca da ajuda do Mago Supremo, o Doutor Estranho (Benedict Cumberbath).

Atenção: SPOILERS!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não é necessariamente é um problema do roteiro, mas uma escolha da Marvel em deixar o Doutor Estranho sempre com a questão de ser considerado o Mago Supremo, ou quase isso, mas falhar em alguns momentos chave! É função do Mago Supremo cuidar da realidade e protege-la de qualquer mal.

Portanto, é necessário tomar cuidado com qualquer feitiço que tenha alto risco, como o próprio Wong, o alertou. Não sabendo lidar com as dezenas de interrupções do Peter, o Mago acaba errando um dos feitiços e o pior acontece. Vilões de outros Aranhas vieram para a realidade do MCU, e acabam sendo uma ameaça para o Peter.

Nessa altura do campeonato, Peter enfrenta o ataque feroz do Doutor Octopus (Alfred Molina), na qual faz com que os fãs abram um grande sorriso! Não apenas ele, mas o Duende Verde ( Willem Defoe) também surge em seu traje clássico, verde, no melhor estilo ”power rangers”, como muitos fãs das antigas costumavam a falar!

Vale ressaltar o incrível trabalho de rejuvenescimento facial que foi feito nesses dois atores. Não parece que envelheceram nada. É perfeitamente possível dizer que o filme todo é um primor em relação a computação gráfica. Outros vilões tem sua parcela de tempo em tela. Jamie Foxx seria o terceiro vilão com mais destaque, e foi bastante beneficiado com ”atualizações visuais”. O Lagarto e Homem de Areia tem o menor destaque dos vilões. O Lagarto também teve uma certa diferença no seu design, e pra melhor!

O Presente para os fãs de Homem Aranha:

Chega em um ponto em que as pessoas querem chegar no ”recheio do bolo”. E por mais que o marketing tenha segurado, os atores tenham despistado, o óbvio se confirmou! Temos Andrew Garfield e Tobey Maguire na trama! Devo até dizer que eles tem um bom tempo de tela, e não apenas uma participação.

Eles tem sim uma tremenda importância para o arco do jovem Peter, não apenas em ajudá-lo a superar as perdas de que um Homem Aranha passa, mas como salvar uma vida que é a principal missão de um herói. Temos uma mudança na estrutura ”Tio Ben” na qual não acredito que seja um problema para a narrativa, mas um peça para moldar a jornada do jovem Peter Parker.

Os 3 aranhas tem uma interação na medida como os fãs sempre sonhavam e queriam. O ”fanservice” foi entregue numa bandeja de prata. Seja sobre como funcionam seus disparadores de teia, orgânicos ou tecnológico, momentos de suas vidas, de tudo um pouco. Confesso que foi muito interessante ver os 3 conversando, mas ao mesmo tempo que era maravilhoso, fez meio que o filme se perder no seu objetivo central. Mas não se engane, a química entre eles é emocionante.

Um dos grandes momentos do filme é destinado ao Peter do Andrew, na qual ele precisava passar por uma situação em que foi muito traumática na sua franquia, a morte de Gwen Stacy (Emma Stone). Pode ser que não vejamos mais o Andrew como Peter Parker novamente, mas temos a certeza que ele teve um desfecho digno. Toby teve o papel do Aranha veterano e mais sábio, sabendo guiar o jovem Peter em momento de muita tensão.

A trilha sonora foi composta por Michael Giacchino, que retorna dos outros dois filmes. Dessa vez, ele teve o trabalho de saber juntar alguns detalhes das outras sagas dos Aranhas, e ao mesmo tempo criar músicas novas para momentos de ação e drama.

 

A sensação que fica é: Peter andava de bicicleta com apoio das rodinhas, e partir de agora não existe mais o suporte.  Agora vai precisar se equilibrar sozinho. A história gera consequências para a vida do Peter, e qual futuro ele pretende seguir. O filme já é um sucesso de vendas de pré-venda dos ingressos, e com toda certeza vai ser um sucesso total de bilheteria. Falaremos sobre esse filme por muitos anos!

Observação Extra: Um filme dessa importância e se tratando de Homem Aranha, não foi feita nenhuma homenagem ao Stan Lee, nem nada parecido. Acredito que de todos os personagens da Marvel, esse herói tem uma ligação muito forte com o roteirista. Uma foto ou até uma poderia ser feito algo digitalmente. Não sabemos se era vontade dele ou da família, mas diversos filmes ao longo dos anos fizeram isso. Fica essa breve observação.

 

PÓS- CRÉDITOS Homem Aranha!

A primeira cena pós créditos pode ser um pouco decepcionante. Na cena em questão, temos Eddie Brook, tomando umas e outras no bar, tentando entender o que se passa nessa realidade em que se meteu. Os vingadores são citados, Thanos, e o famoso ”Blip”. Infelizmente o desfecho é bem frustrante para quem esperava ver o encontro entre alguns personagens, mas apenas uma mudança de rumos que pode não ser tão interessante, nem para o MCU e nem para a Sony. Totalmente descartável!

Já a segunda cena pós-créditos, não é de fato uma cena, mas o trailer completo de Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura. O trailer mostra as consequências de se mexer com o Multiverso, Wanda tendo presença forte, velhos personagens como o Barão Mordo. Porém também é apresentado uma ameaça não esperada: O Mago Supremo e maligno, já apresentado de uma forma na serie ”What if”. Muito em breve esse trailer será lançado na Internet, só nos resta esperar.

Nota: 8,5

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