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O Homem que Vendeu Sua Pele

O Homem que Vendeu sua Pele: Crítica

O filme O Homem que Vendeu sua Pele, de Kaouther Bem Hania, foi indicado ao Oscar 2021 e estreou no Brasil na quinta-feira (07). O longa-metragem aborda o significado de liberdade sob diferentes ângulos, seja liberdade de estar com quem se ama, liberdade ideológica, liberdade espacial ou mesmo liberdade de ser você mesmo. Retratando mundos opostos, o das artes e o dos refugiados, O Homem que Vendeu sua Pele é uma grande metáfora.

Sam é um jovem sírio refugiado no Líbano para escapar da guerra que, mesmo em um novo país não encontra grandes perspectivas de mudança de vida e se sente preso. Ao aceitar que suas costas se tornem a “tela” de um prestigiado artístia, Sam se torna uma peça de arte e, paradoxalmente, tem mais liberdade de trânsito como arte do que como ser humano.

A obra de arte tatuada nas costas de Sam foi um visto Schengen, que tradicionalmente é um tipo de visto temporário que permite estadia de curta duração. E assim, Sam passa a viajar por toda a Europa, conquistando a liberdade espacial que tanto queria. Mas aos poucos Sam percebe que, o que parecia ser a solução mágica para seus problemas, na verdade o desumaniza ao extremo e lhe traz na verdade muitos outros problemas.

[SPOILER] Sam não pode fazer o que quer quando quer, não pode rever a família, nem ficar com a mulher que ama e não pode nem mesmo falar com os fãs da obra de arte que está em suas costas. Sam chega até mesmo ao ponto de ser vendido para um colecionador de arte para levar a outro nível o questionamento de o que é arte.

O Homem que Vendeu sua Pele vai abrir a cabeça dos espectadores os fazendo refletir sobre os conceitos de arte, liberdade e fazer todo mundo pensar duas vezes antes de assinar um contrato. Mesmo com tantos questionamentos, o filme não é denso, sendo fácil de acompanhar e de narrativa simples.

O episódio relatado no filme aconteceu de verdade. Não exatamente igual, mas o filme foi baseado sim em um homem que aceitou transformar as próprias costas em uma “tela de pintura”. Na vida real, o suíço Tim Steiner vendeu a pele de suas costas ao pintor belga Wim Delvoye para produzir uma tatuagem que foi vendida por valor equivalente a meio milhão de reais ao colecionador de arte alemão Rik Reinking. Pelo contrato, de tempos em tempos Steiner deve exibir sua pele em museus e, quando morrer, a pele de suas costas será enquadrada permanentemente para se manter na coleção de Reinking.

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Produtora de conteúdo de entretenimento com mais de 5 anos de experiência na área. Estou sempre de olho no mundo em tudo que acontece nos universos de cinema, séries e games para trazer o melhor conteúdo para vocês.

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