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Viúva Negra: Crítica com Spoilers
Viúva Negra chegou aos cinemas e streaming após inúmeros atrasos e as perguntas que não saem da cabeça de todos são: Aonde esse filme se encaixa e porque demorou tanto?
O filme se passa logo após os eventos de Capitão América: Guerra Civil com Natasha fugindo de Thunderbolt Ross e seus asseclas. Em meio a toda essa confusão nossa querida Viúva Negra descobre que sua irmã Yelena Belova está fugindo de suas antigas companheiras viúvas. Acontece que para se juntar a S.H.I.E.L.D., Romanoff precisou desmantelar o exército do General Dreykov, mas aparentemente o trabalho não foi tão bem feito quanto o esperado. Dreykov escapou do ataque e continuou toda a operação das sombras mantendo as viúvas, inclusive Yelena, controladas quimicamente. Durante sua última missão como viúva, Yelena é atingida por um gás que desativa o controle mental do General e é incumbida de proteger essa substância que pode salvar todas as mulheres controladas pela Sala Vermelha.
Um filme de família e espiões
Viúva Negra é em partes um filme sobre uma família disfuncional e parte filme de espiões. A parte familiar mostra parte da criação de nossas heroínas em Ohio, durante uma missão de seus pais de mentira, Alexei Shostakov (O Guardião Vermelho) e a viúva Melina Vostokoff. O quarteto tem momentos muito divertidos e emocionantes em suas interações, como a primeira conversa à mesa e o pedido de perdão e declaração de carinho do Guardião Vermelho. No início tudo parece muito estranho e forçado por partes dos “pais”, mas logo todos passam a se entender melhor e ver que o carinho ia muito além de uma missão em outro país.
As cenas de espionagem de Viúva Negra são muito mais voltadas ao lado Missão Impossível da coisa, vide as cenas espetaculares de ação aonde tudo é destruído para resgatar apenas um personagem. Diga-se de passagem, QUE CENA! Do momento em que Alexei coloca o fone no ouvido para receber direções até a fuga de helicóptero, não tem como desviar o olhar ou não se lembrar de Ethan Hunt em seus planos mirabolantes.
Longe de ser um filme perfeito
Por fim, o filme não decepciona em nenhum dos dois gêneros, mas gera certa estranheza em qual rumo pode estar se focando. A mistura em alguns momentos se torna um tanto quanto confusa e em outros momentos previsível demais.
Descobrir que Melina estava do lado das meninas desde o início um tanto quanto decepcionante, visto que o vilão principal foi totalmente esquecível e fácil de se lidar, assim como o secundário. Adoraria ter visto os Alexei, Nathasha e Yelena se virando pra escapar daquela situação absurda. Além disso, ninguém morre ao longo do filme, tornando a sequência de eventos catastróficos um tanto bobos e sem consequências.
Para fechar com chave de mico, o filme trás incontáveis closes na bunda das personagens, coisa que num filme dos Vingadores é extremamente desagradável, mas num filme aonde o foco é o único símbolo feminino da formação do MCU é um vexame sem defesa. Somando-se a isso, o Treinador, que nos quadrinhos é um dos vilões mais faladores e difíceis de lidar, aqui virou uma marionete muda facílima de derrotar. Entendemos que é preciso adaptar as coisas pra que encaixem no contexto dos filmes e séries, mas fora a mera menção de seus poderes nada o torna realmente assustador e desafiante.
Valeu a esperar Viúva Negra?
Sim e não. O filme diverte muito, nos lembra de uma personagem muito querida e apresenta muito bem a nova Viúva Negra do MCU. Mas não há motivo nenhum pra esse filme ter saído agora a não ser a cena pós-créditos, que caberia muito melhor ao fim de Falcão e o Soldado Invernal.
Viúva Negra é um bom filme com muitos problemas. Vale muito assistir sem compromisso ou olhar clínico.
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