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(ANÁLISE) A Way Out: Um indie com tentativa de AAA
O título A Way Out desenvolvido por Josef Fares da Hazelight Studios, o mesmo por trás do belíssimo Brothers: A Tale of Two Sons, agora com o selo EA Originals, marca da Eletronic Arts para promessas independentes, que já agraciou outras belezas como Unravel e Fe.
No jogo que necessariamente precisa de dois jogadores, um para cada personagem, podendo ser em multiplayer local ou online, porém aqui vale-se um ponto, nos casos de jogatina online, apenas um dos usuários precisa ter o jogo, podendo este enviar um passe para um amigo e o mesmo poder jogar mesmo sem tê-lo adquirido. Como é um título mais barato, na média cento e cinquenta reais, pode-se dois amigos dividir o valor do jogo e ambos desfrutarem do jogo em sua totalidade.
Na trama cada um dos players tem que escolher seu personagem, um sendo Vincent Moretti, um cara mais centrado, que usa mais a inteligência para resolver os problemas que viram no decorrer da história, já Leo Caruso é seu oposto, explosivo e impulsivo, costuma recorrer a violência. Os dois se encontram na prisão no dia em que Vincent chega para cumprir sua pena, lá seus destinos acabam se cruzando ao saberem que tem negócios inacabados com Harvey, um chefão do crime organizado, para isso se unem para uma fuga dessa prisão e perseguição ao vilão.
Ambos personagens possuem um background forte, possuindo uma família e motivos para estarem ali atrás das grades, além de cada um ter seu problema com o Harvey, todos tendo que realizar suas pendências no decorrer do jogo. A trilha é boa, porém sem nada essencialmente marcante, os gráficos para um jogo indie são excelentes, a trama é curta, mas contando a obrigatoriedade de você só poder joga-la com um mesmo amigo, sem opção de escolher alguém aleatório online está de bom tamanho, algo em torno de seis até oito horas.
O jogo tem sim algumas quedas de frame-rate, com alguns bugs, como NPC’s entrando dentro dos jogadores entre outros problemas, porém nada que afeta o jogo. Os loadings apesar de poucos, são muito longos, em um título com foco em narrativa isso quebra um pouco o clima.
A game-play do jogo é muito criativa, com ângulos de câmera envolventes e ótimas saídas para tela dividida, em muitos momentos os dois protagonistas precisam atuar em conjunto, fazendo o mesmo como jogadores, sendo essencial conversas entre os dois, por isso considero headset essencial para quem for jogar online. As cenas de batalha tanto armada quanto com punhos, são de certa forma bem simples, nada anormal, já que o jogo é focado na narrativa, existem, por sua vez, diversos mini-games espalhados pelos cenários, bem divertidos para um desafiar o outro.
Em resumo o jogo é uma ótima pedida para quem quer um jogo com uma trama boa, com alguns clichês, sim, mas ainda assim empolgante, ótimo para passar o tempo com um amigo, como nos bons velhos tempos de Mega-Drive ou Super Nintendo. Com gráficos excelentes e algumas cenas empolgantes. Para quem curte troféus ou conquistas, ele é bem fácil, com os dois players ganhando quase todos os troféus ao mesmo tempo, além de caso de algum que se tenha perdido, basta ir na seleção de capítulos que facilmente se consegue cem por cento.
Aqui vale um ponto e uma desculpa, o atraso na crítica desse jogo se deve ao fato do mesmo também ter tido problemas em sua distribuição para Playstation 4, no dia de lançamento quase nenhuma loja o tinha, demorei um tempo para achá-lo, na que achei ao abrir exibia um documento para explicar como jogar com um amigo online, porém as instruções estavam para consoles Microsoft e não da Sony que foi o que eu adquiri. Logo presumo que ao perceber o erro, todas as cópias de Playstation 4 foram recolhidas para consertá-lo e calhou do meu vir ainda com o erro. Porém tudo rodou normalmente, somente o panfleto veio errado.
O jogo A Way Out já se encontra disponível para Playstation 4, X-Box One e Windows.
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