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[Análise] Detroid: Become Human, o futuro está em suas mãos
Detroid Become Human é o novo título exclusivo do Playstation 4 da produtora de David Cage, a Quantic Dream, que já lançou títulos como Indigo Prophecy (aqui no Brasil e nos EUA) ou Fahrenheit no resto do mundo, esse único que não é exclusivo das plataformas Sony sendo lançado para Playstation 2, PCs e Xbox, ainda sendo distribuído pela Atari nesse primeiro momento David Cage já mostra seus estilo de games, adultos, densos, com foco na história e mais de um final.
Alguns anos depois, a desenvolvedora se consagrou com Heavy Rain, excelente título agora já exclusivo da Sony, lançado para Playstation 3, e já indo para seu ciclo final de vida o console recebe outro lançamento, Beyond Two Souls, com participações de Ellen Page e William Dafoe.
A produtora sempre usa captura de movimentos para seus títulos com atores reais fazendo as participações, dando aos jogos um aspecto muito próximo de um filme. Entretanto, neste você decide através de suas escolhas o caminho que vai levar até um dos possíveis finais.
Em Detroid: Become Human não é diferente. É possível controlar três androides: Connor, um policial de última geração, criado para auxiliar crimes envolvendo divergentes, por serem as máquinas que, por alguma razão, deixaram de ser funcionais; Kara, uma androide que tem a função de cuidar da casa e de crianças; e Markus, que foi criado de forma especial, para auxiliar única e exclusivamente um grande artista no final de vida.
E como está o mundo nesse game? Estamos em 2038, a cidade de Detroid nos Estados Unidos é o centro do mundo, por ser a casa da Cyberlife, mega corporação, que criou os primeiros androides e os transformou em larga escala, de início eles faziam apenas funções que a população não tinha interesse, como limpeza, descarregamento, entre outros. Porém, aos poucos, mais e mais os trabalhos foram sendo tomados por androides, o que gerou um alto desemprego e uma população dividida, alguns a favor e com vários deles em casa, outros desempregados ou substituídos por um com raiva de qualquer um deles.
A trama é muito mais complexa do que podemos descrever aqui e existem diversas subtramas que não podem ser mudadas, mas fazem um incrível pano de fundo. Logo a trama é o foco, com atores famosos de séries, principalmente Valorie Curry, famosa por Verônica Mars, reprisando o papel de Kara (ela já tinha feito um teaser desse projeto em 2013), e Jesse Williams, ator de Grey’s Anatomy, faz o Markus. E em termos de trama o jogo cumpre bem seu papel, empolga, te deixa apreensivo e curioso, faz você ter empatia pelos personagens e temer os resultados de suas escolhas.
Os gráficos são fantásticos, algo comum nos títulos da produtora, sempre usando o máximo possível da placa gráfica do console, com poucas quedas de framerate, poucos bugs, porém ainda existem, todavia é algo muito irrelevante para se levar muito em conta.
A jogabilidade é simples: você anda, inspeciona itens na tela, que são de extrema importância, já que com eles você aumenta a probabilidade de sucesso na missão. Às vezes, você tem tempo para olhar tudo, mas na maioria dos casos tem liberdade. Existem também momentos de escolha, seja de diálogos ou ações, e por fim momentos de quicktime events, ou seja é algo simples, podendo parecer irrelevante, mas a graça do jogo está nas escolhas que o jogador faz e onde elas o vão levar, tendo medo de uma escolha ocasionar algo ruim para seu gameplay.
O jogo tem diversos finais, e após terminar é possível fazer outras escolhas no modo de seleção de capítulos, cada capítulo também possui vários finais possíveis, gerando várias possibilidades de replay, caso o jogador queira fazer tudo no jogo. Em quesito troféu é um jogo de fácil platina, apenas demorada, apesar do jogo em si não ser longo, umas 15 horas e você termina a campanha, mas pode levar bem menos até, dependendo das escolhas.
Outro ponto positivo é o menu inicial, pois ao entrar nele, Kara começa a conversar com você, desde dar bom dia, até perguntar por que você estava sumido, caso fique muitos dias sem jogar. Ela também faz perguntas e pesquisas, que são comparadas globalmente, podendo até ficar apreensiva; às vezes ficar só no menu inicial vendo as reações dela pode ser divertido.
Em resumo: Detroid é um jogo com excelentes gráficos, uma história muito boa, com uma jogabilidade centrada em escolhas. Não é um jogo para todo mundo, se você curte jogos nesse estilo como os da Telltale, Life is Strange ou outros da própria Quantic Dream, é compra obrigatória. Contudo, se você já curte jogos mais de ação ou que tenham mais ações, melhor deixar esse passar.
O título já se encontra disponível para Playstation 4.
Nota: 9
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