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LoL: RafaP comenta má fase da IDM Gaming, convivência com os jogadores e retorno ao Brasil
Uma das surpresas na última etapa do CBLoL 2018, a Ilha da Macacada Gaming vem sofrendo para aplicar seu jogo na Superliga ABCDE 2018.
A organização fez apenas uma mudança, que foi na comissão técnica, trazendo Rafael “RafaP” Pinheiro, para assumir a posição de Analista deixada por Hamilton “Shu” Neto, que agora desempenha a função no Santos e-Sports.
Na última semana de jogos, a Macacada caiu diante da INTZ e-Sports, que após a derrota no primeiro jogo, mudou o elenco e voltou com tudo para levar a série. Logo depois da IDM amargar a sua segunda derrota, o Multiverso+ conversou com RafaP, que comentou com relação à derrota para a INTZ, a rotina com os jogadores da IDM e a sua volta ao Brasil.
Confira:
Multiverso+: Rafa, que experiência você pode estar trazendo para os meninos da IDM?
RafaP: Acho que em relação a isso, à questão da organização. A gente tinha uma estrutura muito boa lá fora e eu to tentando trazer não só essa estrutura, mas também a mentalidade, pois ajuda muito.
Como está sendo sua volta para o Brasil, visto que você ficou bastante tempo lá fora?
RafaP: Estar de volta ao Brasil não é tão estranho pois eu estive disputando o CBLoL em 2017 pela Brave (se não me engano), então estou me sentindo em casa, os “guris” da IDM são muito maleáveis e trabalham muito bem também. Os resultados ainda não estão vindo, mas estamos evoluindo em algumas coisas que no futuro vão nos dar um retorno interessante.
Os meninos estão se dedicando muito nas filas rankeadas, tanto que o Cariok terminou no Top 1 do Brasil na última season. Como estão sendo as semanas de treinos e essa divisão entre scrim e Solo Queue?
RafaP: Tá sendo bom no geral, não tenho nada para reclamar nem da organização e nem da minha equipe, eu sinto que as vezes temos que dosar a quantidade de trabalho, visto que trabalhar demais não é bom para a cabeça, acho que você tem de ter um certo planejamento para ver a quantidade de trabalho que realmente é necessário, acho que as vezes eles exageram.
Temos um grupo diferente, as vezes eu tenho que falar “cara, dorme que é melhor, amanhã você vai estar de cabeça mais fria”. Eles jogam muito, mecanicamente o time também é muito bom, mas ainda pecamos em alguns pontos como a inteligência para rodar o mapa (macro), e essas coisas só tempo e treino, somados a minha experiência e a do Scrap (Strategic Coach), para eles irem aprendendo.
Eu acho que o jogo 1 de hoje já deu pra ver que a gente tá jogando a fase de rotas um pouco melhor e fizemos um jogo um pouco mais limpo, mas em compensação no jogo 2 a gente demonstrou alguns problemas na fase de rotas e foi cobrado um preço muito caro.
Com relação ao jogo 1, vocês tiveram uma luta e um Barão que garantiram a primeira partida, mas nas partidas seguintes, a IDM não manteve esse ritmo e demonstraram alguns erros. Como você avalia essa série?
RafaP: Eu avalio a IDM de um jeito que a gente já conhece (risos), somos um time 8 ou 80, e isso é complicado se tratando de uma equipe do CBLoL.
No jogo 1, eu não diria que foi apenas o Barão ou uma team fight, acho que conseguimos ler muito bem a composição deles e conseguimos fazer a nossa composição ao redor disso, e acho que a falha deles foi de ter diversos engages de forma que a gente nunca iria morrer nestes engages, então não tinha muito o que fazer, a gente só aproveitou muito bem esse push para avançar visão no mapa o suficiente para fazer o Baron e soubemos fechar o jogo de maneira tranquila.
No jogo 2, eu não trocaria nada no draft, acho que nisso fomos muito bem, tínhamos uma team fight muito forte e poderíamos jogar tanto atacando quanto defendendo, porém o jogo desandou na rota inferior, a gente cometeu um erro e ao tentar consertá-lo, deixamos mais grave a situação, por exemplo: Quando o Damage tava mal posicionado no rio, a gente tinha de deixar ele morrer sozinho, e não o Sarkis ir tentar salvar ele com flash, curar e ainda morrendo também, ali o jogo acabou, a partir do momento que o Ezreal, que tem um siege muito forte, têm muita pressão no mapa, não tem mais o que fazer, se a gente fica na torre, eles vão ficar abusando do poke e se começamos uma luta, eles vão dar kite back e vão faturar ela de qualquer jeito.
No jogo 3, eu acho que ai sim, entra um pouco a minha inexperiência de draft (eu não “draftava” desde outubro de 2015), e foi um draft que a gente treinou pouco, é extremamente ofensivo, e precisávamos da rota inferior saindo para o jogo, da Sivir limpando a rota e do Pyke aparecendo pelo mapa. Como isso não aconteceu, muito em conta do invade no level 1 em uma falha de comunicação nossa, nem precisava ter tido o jogo porque ele acabou no invade. À partir do momento que eles controlaram toda a bot side não tinha mais o que fazer, a gente era obrigado a jogar no mid ou no top, e isso era muito fácil deles controlarem. A gente tem jogos muito bons e outros jogos péssimos.
A IDM é um time muito jovem, o que torna um pouco difícil de se lidar. Como está sendo o trabalho psicológico de toda a staff com os meninos da equipe?
RafaP: Acho que não tem nenhum tipo de problema, aqui no Brasil tem muito de “quando um time perde, o time está tiltado ou o draft foi ruim”, eu não acredito em nada disso. O outro time soube punir nossos erros e a gente errou muito em coisas simples, que dentro da nossa composição no jogo 3 a gente não poderia ter falhado, esse foi o problema.
Todos os “guris” têm uma mentalidade muito boa, está sendo muito bom falar com eles, e tenho certeza que eles vão aprender e vão voltar à tona no CBLoL, que é onde a gente precisa estar pronto.
No próximo domingo (25) a IDM Gaming fecha a 3ª semana da Superliga ABCDE 2018 enfrentando a paiN Gaming – até então, invicta no campeonato – às 16h (horário de Brasília).
Onde acompanhar as partidas
O torneio será transmitido nas mais populares plataformas de streaming, incluindo Twitch, Youtube, Cube e Nimo. Fique ligado também no Twitter (@superligaabcde) e no Facebook (Superliga ABCDE).
O Multiverso+ segue na cobertura completa do campeonato.
Entrevista: Max Alexandre
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