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(ANÁLISE) God of War: O melhor título da geração.
No dia 20 de abril foi lançado mundialmente pela Santa Monica Studios o novo título da franquia God of War. Exclusivo para o Playstation 4, a saga que começou no PS2, foi evoluindo ao longo dos anos, porém, após o fim apoteótico do terceiro jogo já no Playstation 3 com o fim de praticamente toda mitologia grega, muitos se perguntaram se jogariam com Kratos e seu ódio novamente.
Bom, se excluirmos o mediano God of War: Ascention, lançado em 2013, se passaram 8 anos. Porém, agora podemos jogar o novo God of War de fato, sem números, apenas o nome do jogo, saímos da mitologia grega para nórdica, e temos um jogo fenomenal. O melhor jogo dessa geração até aqui. Mas vamos por partes.
A parte gráfica é linda, com cenários e cut-scenes de tirar o fôlego, mostrando talvez pela primeira vez todo potencial do Playstation 4, em versão Pró numa TV 4K então, a coisa se transforma ainda mais. O visual das montanhas, lagos, florestas e inimigos é algo fora de série, com algumas criaturas sendo maiores do que a própria tela da televisão, como no caso da serpente do mundo, por exemplo.
Já com relação a trama, temos algo novo, não muda apenas a mitologia, mas o próprio Kratos é diferente do que estávamos acostumados, mais amadurecido, mais introspectivo, se é possível, ele sabe o que fez nos outros jogos, sabe o preço que pagou, sente até mesmo um certo remorso, porém agora ele tem um filho e essa relação entre os dois que leva a trama toda. O garoto, chamado Atreus, diferente do pai, fala bastante, na relação entre os dois muda, é um pai tentando ensinar com caminhos da vida para seu filho, como se portar, e como é comum, nessa relação existem atritos, o filho em certos momentos fica desobediente, porém Kratos nunca desiste de ensinar o que é correto, para seu filho ser melhor do que ele. Isso é algo lindo de se ver no jogo.
O objetivo do jogo parece simples, logo na primeira cena, a esposa de Kratos, Faye, já está morta, como pedido final, ela suplica para os dois levarem suas cinzas à montanha mais alta dos nove reinos nórdicos, algo que parece simples, mas se prova uma tarefa a altura de um Deus, com batalhas épicas e inesquecíveis, com uma espécie de sistema básico de RPG, você pode melhorar certos atributos do seu personagem, melhorando armas e armaduras, escolhendo certos itens para colocar em seus equipamentos. Atreus por si só, passa de um garoto meio bobo, para um personagem que realmente começa a ajudar bastante nos combates e na trama.
O jogo é em mundo aberto, não é grande como um The Witcher, mas nele tem muito o que se fazer, favores a cumprir em troca de algum loot, inimigos a derrotar, corvos de Odin para destruir, histórias a desbloquear. Em nenhum momento é chato ou desinteressante, é divertido ajudar os NPC’s e você ainda ganha itens melhores ou descobre mais sobre o universo nórdico.
Com relação aos Deuses nórdicos, sem spoiler, sim, alguns aparecem e você luta contra eles, logo, a essência de combate entre Deuses está lá, o que muda é o objetivo de Kratos, ele não quer eliminar todo panteão do norte, ele só quer cumprir o último desejo de sua esposa e viver em paz com o filho, mas lógico que um personagem como ele dificilmente consegue ter direito a esse fim.
Com relação a jogabilidade, continua igual, um jogo de certa forma fácil, porém com um bom desafio, o hack’n slash continua, com algumas mudanças, a arma inicial agora é um machado nórdico, uma arma pesada e com um sistema bem criativo e útil, você pode lança-lo contra um inimigo distante e simplesmente traze-lo de volta a sua mão com o apertar de um botão, gerando uma boa possibilidade de combos. Muda também os botões, aqui agora os ataques passam a ser nos gatilhos R1 e R2, por fim, tem bem menos quick time events que o resto da franquia, algo que eu amei, por já estar meio saturado do estilo.
A trilha sonora é marcante, com momentos icônicos, mas o principal, não se sobrepõe às excelentes dublagens do jogo. O jogo tem dublagem e legenda em português e aqui vai a primeira crítica: joguei em inglês com legendas em português, porém as elas são muito pequenas, sendo difícil de ler, principalmente se você estiver com algum objetivo na cabeça. Seja uma luta ou simplesmente um puzzle.
Aqui vai a segunda crítica: o jogo tem poucos puzzles, não que seja o foco, mas mesmo apesar das batalhas serem épicas, não são muito difíceis, o jogo tem nível, se você não tiver nível para derrotar tal inimigo, dificilmente conseguirá, mas caso você tenha o nível necessário, será o oposto, você com certeza não terá muitos problemas para subjuga-lo.
Mais um ponto legal é ir em vários mundos do universo nórdico, é divertido poder ir em Hel quando quiser, ou ir em outros locais apenas para completar as sides. O jogo poderia muito bem ter várias DLC’s incluindo cada vez mais um objetivo por dez dólares, muita gente pagaria, mas não é o que ocorre, aqui você recebe um jogo completo, com tudo dentro do disco. Agora é esperar a continuação, ele levou cinco anos para ficar pronto, assim, provavelmente só na outra geração, mas se for como esse ou melhor, com certeza vale a espera.
Nota 10
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