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GAMES: Conheça os melhores e piores cases do mundo
Desde 2019 o cenário de games vem sendo um dos mais rentáveis no ramo do entretenimento, mais até que Hollywood atualmente, mas mesmo com tantas histórias de sucesso, como jogos que surpreenderam positivamente, existem também verdadeiros fracassos. Afinal, a indústria de games também comete erros. Existem casos em que a derrota foi tão grande que entrou para a história.
A indústria de games está em constante mudança, assim como os próprios jogos. É preciso entender o público, buscar o seu nicho e consolidar um bom marketing. Diversos jogos de sucesso não vieram de ideias complexas, mas procuraram entreter o player. E isso faz total diferença.
Buscando entender melhor sobre este terreno de incertezas, um levantamento foi feito, pelo site de apostas em eSports Betway, apurando alguns dos maiores fracassos de todos os tempos no universo dos jogos. Confira a lista completa:
Duke Nukem Forever
Duke Nukem Forever é um jogo de tiro em primeira pessoa em que é possível matar alienígenas. Lançado para Windows, Xbox 360 e PlayStation 3, o game foi desenvolvido pela Gearbox Software como sequência do sucesso Duke Nukem 3D, de 1996.
O título foi divulgado pela produtora 3D Realms em 1997, com poucos detalhes, e já muitos adiamentos nas costas. Até o momento em que a produtora simplesmente parou de divulgar possíveis datas para o lançamento do novo jogo.
Houve inúmeras pré-vendas feitas e estornadas, exceto por um fã, que acabou ficando conhecido como “Forever Man”. Este fã efetuou a pré-venda em 2001 e nunca pediu pelo dinheiro de volta, confiando sempre que ia poder jogar primeiro o Duke Nukem Forever. Dez anos depois, ele finalmente recebeu sua cópia e com vários extras pela paciência.
Lançado oficialmente em 2011, Duke Nukem Forever levou 14 anos para ficar pronto e chegou muito abaixo da expectativa dos fãs. Desenvolvido inicialmente pela 3D Realm, o game acabou mudando no meio do projeto para outra desenvolvedora, a Gearbox Software. O título foi publicado pela 2K Games (distribuído no Brasil pela NC Games) e tentou resgatar os conceitos que consagraram a franquia de sucesso. Mas, o resultado foi ruim em diversos sentidos.
Embora tenha sido lançado para PS3 e Xbox 360, os gráficos são datados e mais parecem pertencerem à geração passada de consoles. Além disso, as mecânicas são bastante problemáticas, o que impossibilitou o jogo de cair nas graças do público que ainda não conhecia a saga. O personagem ainda tem um humor ácido com muitas piadas machistas e muitas cenas de mulheres nuas sem contexto. Sendo tudo isso o cerne do jogo, é um título muito difícil de se trabalhar no mundo atual.
E.T. the Extra-Terrestrial
O Atari 2600, lançado oficialmente em 1979, pode ser considerado o precursor do videogame moderno, sendo o primeiro a permitir o uso de cartuchos. Antes dele, os jogos vinham programados dentro do aparelho, e a mudança deu aos programadores a possibilidade de criar games.
Um desses jogos foi E.T. the Extra-Terrestrial, lançado em dezembro de 1982. O título é considerado por muitos o pior da história. Ele foi apenas uma de várias vítimas de produtos licenciados, resultando em um game mal feito que pouco tem a ver com o material original e definitivamente não faz jus ao nome que recebeu.
Porém, nesse caso a culpa cabe em boa parte a própria Atari. Para começar, somente a licença da obra famosa de Steven Spielberg custou para Atari U$ 21 milhões. Logo seria necessário vender ao menos 4 milhões de cópias do jogo apenas para recuperar esse valor. Fora o que posteriormente foi gasto em marketing, produção, distribuição e todos os custos operacionais do jogo. O problema não foi somente esse. A negociação dos direitos do filme para a Atari terminou em julho. A empresa queria aproveitar o Natal de 82 para alavancar as vendas, o que acarretou no desenvolvimento jogo do zero em apenas cinco semanas. Mesmo para época, de gráficos mais simples, foi despendido um tempo absurdamente baixo para a produção de um game, ainda mais com tanto capital envolvido.
O jogo acabou sendo algo que em nada lembra o filme e história quase inexistente, mesmo considerando as limitações da época e inúmeros bugs. Era praticamente impossível jogar, quanto mais se divertir com o game.
Foram vendidas apenas 1,5 milhão de cópias, número muito abaixo do necessário para se pagar. Este resultado faz com o título que seja considerado um dos responsáveis pelo crash da Atari e da indústria de games em 1983.
Para lidar com a grande quantidade de cartuchos não vendidos, fora inúmeras devoluções, a empresa chegou a enterrar várias unidades no deserto. Algo que por muito tempo foi considerado uma lenda até um documentário achar diversas cópias no meio do deserto do Novo México, nos EUA.
Shenmue III
Shenmue III é um jogo de ação e aventura de 2019 desenvolvido pela Ys Net, produzido pela Shibuya Productions e publicado pela Deep Silver para Windows e PlayStation 4. Como os jogos Shenmue anteriores, o jogo consiste em ambientes de mundo aberto intercalados com batalhas violentas e quick-time events.
Shenmue III começou com uma campanha de extremo sucesso no Kickstarter, site de financiamento coletivo, sendo o título que mais rápido chegou a quantia de um milhão de dólares apenas dos fãs na época. Na plataforma juntou-se mais de US$ 6 milhões apenas com valores enviados pelos fãs. Fora o que foi injetado depois pela Deep Silver.
A franquia Shenmue, cujo primeiro game foi lançado em 1999 para o finado Dreamcast, trouxe muitas das mecânicas inovadoras presentes atualmente em vários jogos. Isso inclui mundos abertos, exploração e missões auxiliares, várias vias de gameplay, storytelling ramificado em um grande arco e diversas pequenas narrativas que se amarram além do próprio sistema de quick-time events. A sequência do título, Shenmue II, lançada em 2001, por exemplo, solidificou essas mecânicas e foi lançada para o Dreamcast já em seu final de vida e para o Xbox original.
O problema foi que Shenmue I e II custaram mais de US$ 70 milhões. Isso no fim da década de 90 início de 2000. Além disso, não ajudou em nada o primeiro título ter sido produzido a princípio para o Sega Saturn, console 32 bit da Sega, porém com o lançamento do Dreamcast ter sido todo refeito para o novo sistema, inclusive com um novo motor gráfico.
Os jogos foram bem aceitos tanto por crítica quanto por público. Porém, no Dreamcast não vendeu o suficiente para pagar todo o custo envolvido no jogo. Sendo o último sistema de hardware da Sega, que após um largo prejuízo passou a produzir apenas software.
Outro detalhe da saga Shenmue é que nenhum game possui final, já que o criador Yu Suzuki sempre viu a série se desenvolvendo até o 4º ou 5º título. Além disso, no final de cada game tem apenas um leve desfecho, que pode ser visto como um gancho para o próximo jogo.
Shenmue III, acabou lançado 18 anos depois, mantendo as raízes da franquia — e foi exatamente esse o motivo de seu fracasso. Era como se jogássemos um game de 1998, porém em 2019. Embora tenha vendido mais de 1 milhão de cópias, a falta de inovação e as vendas fracas não chegaram a pagar o custo de produção, de US$ 70 milhões.
Cyberpunk 2077
O caso mais recente de fracasso na indústria dos games é Cyberpunk 2077. O jogo não foi um desastre completo, tendo vendido mais de 15 milhões de cópias, mas esse número ficou muito abaixo das expectativas da desenvolvedora responsável pela franquia de sucesso The Witcher.
Em resumo, Cyberpunk 2077 é uma história de ação e aventura de mundo aberto ambientada em Night City, uma megalópole onde seus habitantes são obcecados por poder, glamour e Bio modificações. O player controla V, um mercenário fora da lei atrás de um implante único que carrega a chave da imortalidade.
O game sofreu diversos adiamentos de lançamento com a justificativa de que era em busca de aprimoramentos para tornar o game o melhor possível. Porém, o principal problema foram os bugs graves nas versões para consoles de mesa, principalmente na geração passada (PS4 e Xbox One). Isto fez com que milhares de jogadores pedissem reembolso e o título chegou até a ser retirado das lojas virtuais da PlayStation e do Xbox. Mas, vale lembrar também da interface do jogo, o menu e diversos detalhes que ficaram desleixados. No PC, o game roda bem, mas ainda há críticas com relação à baixa qualidade no geral, considerando o grande hype criado.
CASES DE SUCESSO
Apesar de tantos títulos que não tiveram sorte no mercado dos games, muitos outros jogos fizeram sucesso de uma hora para outra, se tornando virais. Como é o caso do sandbox Minecraft, por exemplo, que já faturou mais de US$ 176 milhões desde seu lançamento em 2011. O Tretis, de 1984, também é um outro ótimo exemplo. Com quase 40 anos de existência, o game se mantém vivo nas plataformas até os dias atuais.
OS INDIES TAMBÉM DOMINAM O MERCADO
Desafiando o cenário indie, Hollow Knight, vendeu mais de 2,8 milhões de unidades. Além disso, faturou mais de US$ 25 milhões somente em cópias para PC. O game traz um pequeno cavaleiro inseto em uma grande e desafiadora aventura, com visuais desenhados à mão e gameplay inspirado em clássicos como Metroid e Castlevania — que deram nome ao estilo metroidvania.
Outro exemplo que também pode ser levado em conta é o caso mais recente do Among Us, lançado em 2018, mas que passou a fazer sucesso apenas em 2020. Vendeu mais de 85 milhões de cópias no Switch e no PC. Gratuito para dispositivos móveis, faturou mais de US$ 39 milhões nesse pequeno período.
Em conclusão, é necessário dizer que não existe uma fórmula perfeita ou uma “receita de bolo” que as empresas e desenvolvedoras possam seguir. Cada atmosfera, ano, era, ou século responde por si. Mas, é importante lembrar que uma boa comunicação atrelada a transparência da empresa faz total diferença para os gamers. Será que veremos outros jogos brilharem e/ou fracassarem em 2021?
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