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Rock in Rio 2019: Noite do metal agita e reúne público fiel
Assim que os portões se abriram, às 14h desta sexta-feira, o Rock in Rio 2019 foi invadid0 por um público bem característico para um dia de metal e as roupas pretas. Entre camisas do Iron Maiden, headliner da noite, botas de couro e cabelos longos, havia muitas bandeiras de diversos estados brasileiros. Sem contar que também de outros países da América do Sul – Chile, Peru, Bolívia e Paraguai, principalmente.
Dia oficial de metal, bebê no Rock in Rio 2019.
Definitivamente, os fãs do heavy metal compareceram em peso ao Rock in Rio no retorno do dia totalmente dedicado ao gênero musical. E foi bate-estaca em quase todos os lugares, do mais novo Espaço Favela ao Palco Mundo, passando pelo Sunset e a Rock District. Diversas bandas novatas e veteranas deixaram o público em êxtase. A despedida de Slayer fechou a noite no Sunset.
No Palco Mundo, o headliner inverteu o horário de sua apresentação: Iron Maiden e seu show arrebatador, repleto de elementos cênicos, foi a penúltima banda a se apresentar. Enquanto Scorpions, que volta ao festival após a lendária apresentação da primeira edição, em 1985, fechou a noite em grande estilo.
Efeitos especiais, figurino e muito metal no Rock in Rio 2019.
A banda britânica Iron Maiden, que apesar de ser headliner, pediu para ser a penúltima a se apresentar. Eles subiram ao Palco Mundo pontualmente às 21h20 com uma produção cênica de tirar o fôlego. Logo no início da apresentação, um avião surgiu no palco com um Bruce Dickinson. E devidamente paramentado com seu chapéu de aviador, pronto para comandar a Cidade do Rock. O que não faltaram foram clássicos para embalar o público numa apresentação apoteótica.
E mesmo subindo ao palco após o Maiden, os alemães do Scorpions não deixaram cair a temperatura da Cidade do Rock. No show repleto de sucessos como “Send me na angel”, “Wind of change” e “Rock you like a hurricane”, a banda ainda aproveitou para fazer uma homenagem ao primeiro Rock in Rio (1985). Em “Coast to coast”, o guitarrista Matthias Jabs, tocou o mesmo instrumento usado por ele em 1985. Cheio de referências à bandeira do Brasil, que foi totalmente reformado para este show. A guitarra, um presente dado por Jabs a Roberto Medina, presidente do festival, hoje fez parte do espetáculo.
Mais cedo, Sepultura abriu a noite e relembrou o músico André Mattos, vocalista do Angra. A foto do artista foi exibida nos telões do Palco Mundo antes da banda começar a tocar “Refuse/ Resist”. No pit estavam a mulher e outros familiares do músico, falecido em junho deste ano.
A segunda banda a subir no Palco Mundo, Helloween, mostrou toda a sua força na Cidade do Rock. Com a formação da turnê Pumpkins United, que une membros considerados lendários da banda alemã, os músicos realizaram uma apresentação impecável e repleta de sons melódicos.
Slayer se despede dos fãs em show no Palco Sunset.
O thrash metal da banda Nervosa abriu o quinto dia Palco. O trio formado por Prika Amaral (guitarra e vocais), Fernanda Lira (vocal e baixo) e Luana Dametto (bateria) ferveu a plateia com o ritmo agressivo e provou a força feminina cada vez mais presente na cena do metal nacional. Nem o sol forte desanimou o público do heavy metal que compareceu em peso para os shows do Tortune Squad & Claustrofobia, que receberam como convidado o lendário Chuck Billy, ex-Testament.
O grupo americano Anthrax, um dos pioneiros do subgênero, subiu ao Palco Sunset e tocou grandes sucessos, como “Madhouse” e “Indians”. Quem encerrou a noite no local foi a banda Slayer, que anunciou sua aposentadoria dos palcos depois de 37 anos e fez seu último show no Brasil. Os fãs assistiram a um verdadeiro espetáculo de heavy metal, com a marcante presença de palco dos seus integrantes e um repertório rápido e eletrizante, que garantiu uma despedida à altura da história da banda. Entre os clássicos do grupo, o público conferiu “Repentless”, “South of Heaven” e “Seasons in the Abyss”.
Também tem metal no Rock District e no Espaço Favela.
O Dia do Metal achou no intimista palco do Rock District um espaço democrático e extremamente divertido. A banda paulista Sioux66 juntou centenas de fãs que se contagiaram com a performance do grupo, pulando, batendo cabeça e cantando a cada música tocada.
A cantora Deia Cassali se conectou com o público com uma escolha certeira de clássicos do rock, promovendo momentos de grandes emoções. O ponto alto do dia no Rock District foi a apresentação do The Raven Age, banda fundada por George Harris, filho de Steve Harris, do Iron Maiden. Eles trouxeram seu metal moderno e repleto de temas fantásticos para o Rock in Rio.
No Espaço Favela, as bandas do dia reforçaram que nem só de funk e samba são feitas as periferias cariocas. Abrindo os shows do local, logo após a primeira apresentação do Nós do Morro, os integrantes do BK-81 empolgaram o público incentivando uma grande rodinha, que botou todo mundo para dançar e brincar junto. À tarde, com o sol mais ameno, foi a vez da banda Ágona agitar os presentes e bater cabeça junto com quem passava pelo local.
A terceira e última banda foi Canto Cego, da favela da Maré, com seu canto performático e show-teatro que atraiu a atenção de quem passava. Um deles foi o corretor de imóveis, Luiz Brandão, de 32 anos, que disse ter parado por conta da música boa. “Achei diferente das outras! Também curti a arquitetura do palco, muito linda”, completou Luiz.
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Jornalista & Blogueira. Não foge de um bom filme, série ou um jogo da hora. Fã da Marvel e apaixonada por Tomb Raider <3