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Bom Dia, Verônica: Crítica da primeira temporada
Novo lançamento, “Bom dia, Verônica“ traz temas como relacionamento abusivo, desprezo pela figura feminina e rivalidade entre a Polícia Civil e Polícia Militar. Confira nossa crítica sem spoilers abaixo.
A história
A trama gira em torno da escrivã Verônica Torres, personagem vivida por Tainá Müller, que trabalha na Delegacia de Homicídios em São Paulo com dois delegados: Wilson Carvana (Antônio Grassi) e Anita Berlinguer (Elisa Volpatto).
Essa segunda é totalmente contra cada passo da escrivã, que na verdade se vê atuando muito mais como investigadora do que como escrivã devido a um suicídio dentro da delegacia; depois de uma mulher constatar que seu caso de “Boa Noite Cinderela” não seria resolvido. Isso mexeu com Verônica e a fez entrar no mundo do site de relacionamento Amor Ideal para investigar.
Como investigar um oficial superior da PMESP sem causar problemas?
Quando Verônica percebe que seu suspeito é um Tenente Coronel da Polícia Militar, se vê num verdadeiro balaio de gato. Essa história impacta diretamente a vida de Verônica e tem a ver com um orfanato chamado Cosme e Damião, que por sinal foi de onde veio a delegada Anita, sua arquirrival, e é uma das peças chaves pra toda a sujeira envolvida até o momento.
O problema todo era que o Coronel Brandão fazia sua esposa escolher uma vítima, vendava-a e seguia para seu ritual macabro, que ainda contava com rezas ao estilo magia negra.
Porque tanto ódio por mulheres que fizeram o mesmo que sua mãe? Porque pendura-las e deixar sofrendo em um galpão sombrio? Mais intrigante ainda porque levar sua esposa com uma caixa que parecia alçapão de passarinhos para presenciar as torturas, gritos e pavor? Essas e outras perguntas ficam no ar infelizmente.
Sem citar spoilers do final, fica nítido que as cenas finais são adaptações de A Assassina (Point of No Return, 1993), filme estrelado por Bridget Fonda; que por sua vez adaptação do sucesso francês Nikita.
Não acredite nas verdades que se falam na internet
Todos os dias no Brasil e no mundo diversas mulheres são iludidas por homens que se passam por pessoas perfeitas e apenas se aproveitam na primeira oportunidade para aplicar golpes.
O Tenente Coronel Brandão tem um trauma de infância que não é bem explicado na série, citando apenas que a mãe o abandonou em São Luís do Maranhão quando ele ainda era uma criança e foi embora pra São Paulo. Com isso ele se torna uma pessoa muito agressiva e ao mesmo tempo simples fazendo marcenaria e cuidando de passarinhos em casa.
Verônica tem uma empatia muito clara e bonita com as vitimas. Enquanto a delegada Anita pouco se importa e apenas quer o holofote da imprensa ao seu redor.
A série traz um alerta muito claro e gritante: todo dia milhares de mulheres se calam por medo, desconfiança que nada se resolve na justiça, pressão psicológica e isso deve ser mudado de alguma maneira.
Ofereça ajuda de uma maneira que pareça acolhedora como Verônica fez com Tânia, uma das vítimas do site de relacionamentos. Por mais que tudo pareça muito lento de se resolver, um dia vai. Como dizia um velho ditado: “A Justiça tarda, mas não falha”.
Janete tinha o estereótipo de mulher que se anula para agradar o marido e até onde isso pode chegar? A vida não é como nas telas de cinema ou TV, é bem mais cruel.
Considerações finais
A fotografia e locação do filme é impecável. O elenco, apesar de contar com poucos nomes famosos, se saiu muito bem e não deixou a desejar. Só há um pouco de excesso de cortes, como na cena que Janete e Brandão transam, apenas com gemidos que insinuam o ato sexual. A Netflix optou por deixar pra mostrar mais atos de violência e limaram a parte erotizada e até mesmo cenas de ação policial.
A série, baseada no livro de Raphael Montes, tem 8 episódios de aproximadamente 40 minutos e vale ser maratonada.
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Jornalista, apaixonado por Mídias Sociais, amante de adrenalina ao extremo e fã de hambúrguer artesanal.