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The Crown: Quarta Temporada – Crítica
The Crown, série sobre a vida da rainha britânica Elizabeth II chega na sua 4ª Temporada na Netflix, e o Multiverso+ traz a crítica da temporada para vocês!
AVISO: A crítica conterá Spoilers! (até porque estamos falando de história galera, não tem spoiler em história)
Primeiramente, é bom lembrar que a série The Crown não pega toda a história da Rainha Elizabeth II. Ela se guia em momentos chaves da vida dela, e que esses momentos estão relacionados também com momentos importantes da história britânica durante o reinado dela.
Um ponto interessante do início dessa temporada é começar com a eleição da Margareth Thatcher.
Talvez uma das mais importantes pessoas a ocupar o cargo de primeiro ministro após Winston Churchill, Thatcher foi uma pessoa muito polêmica durante a sua gestão de 12 anos no Reino Unido, e essa polêmica é passada de uma maneira muito boa e até didática na série.
A tensão crescente que da relação entre Thatcher e Elizabeth foi um dos pontos guias dessa temporada, e ambas as atrizes, Gillian Anderson e Olivia Colman, conseguiram interpretar bem nas cenas em que ambas contracenam e quando não estão contracenando. De longe as duas foram os pontos altos dessa temporada quando falamos de interpretação.
Entretanto, Thacher não é a única pessoa de destaque do período que a 4ª Temporada de The Crown aborda: nessa temporada também temos a presença da Diana Spencer, a Lady Di, esposa do Príncipe Charles e uma das pessoas mais populares não apenas na Inglaterra, mas também no mundo durante a segunda metade do século XX.
Princesa Diana está na série!? E como é que foi a parte dela no enredo?
O enredo, como devemos lembrar, é a vida real. Lógico, com algumas adaptações para que a história funcione dentro de uma série. Mas, assim como na vida real, a presença da Princesa Diana muda tudo na família real.
A relação entre Diana e Príncipe Charles não tem como ser melhor descrita do que como uma verdadeira “montanha russa”. E a série traz esses altos e baixos em um contexto mais íntimo, mostrando como no inicio havia uma relação verdadeira entre ambos, mas que por questões pessoais dos dois (talvez bem mais por culpa do Charles), o casamento do príncipe herdeiro passa por uma crise que se arrasta por toda a temporada.
E se arrastar foi algo positivo para esse núcleo da história. Porque a relação deles foi de fato arrastada, com ambos tendo relações extraconjugais durante o casamento; brigas constantes e problemas pessoais que os dois tiveram que desgastaram o relacionamento até o ponto de ruptura e separação (que não acontece nesta temporada).
Algo que foi muito bem introduzido, que serve até para explicar porque os dois não se separam, é como a série aborda a pressão de toda a família real para que o casamento do Príncipe Charles, herdeiro do trono, dê “certo”.
As motivações que levam até a própria Rainha Elizabeth a pressionar os dois a se reconciliarem é um dos momentos mais didáticos da série, pois ali mostra exatamente qual é o peso que as tradições monárquicas têm sobre as pessoas que estão ligadas à coroa. Realmente, esse é um dos melhores pontos da série.
Legal! Então essa temporada foi muita boa, né?
Sendo bem direto, sim.
A atriz Emma Corrin fez um trabalho muito bom como Diana, e ela se destaca tanto em relação a Josh O’ Connor, que interpreta o Príncipe Charles desde a 3ª temporada, que podemos dizer que ela trouxe para a série uma tradução do abismo que a opinião pública inglesa tinha entre a falecida Princesa Diana e o Príncipe Charles. A personagem dela chama atenção por si só, e a atriz conseguiu trabalhar bem isso.
Ao mesmo tempo, devo elogiar bastante o pessoal de maquiagem e figurino, porque Emma Corrin ficou muito parecida com a Princesa Diana na quarta temporada de The Crown. Até alguns trejeitos da falecida princesa foram bem interpretados pela Corrin, porém, ainda não é algo que se destaque tanto quanto as atuações de Colman como Elizabeth II e Anderson como Thatcher. Ela foi muito boa, mas pelo peso que a personagem tem na história, faltou um “pézinho” para estar incontestavelmente excelente.
Por outro lado, o Princípe Charles, interpretado por Josh O’ Connor é realmente insuportável. Se o objetivo da série foi realmente passar o príncipe dessa maneira, o que não acho que seja o caso, então parabéns, porque não tem personagem mais chato de se acompanhar do que o Charles. Ele tem motivações torpes, age de maneira odiosa, e dificilmente dá para ter empatia por ele.
Interessante. Mas existem problemas na temporada?
Sim, porém não são muitos. Um dos principais problemas dessa temporada de The Crown é que as histórias que complementam o enredo não são tão interessantes quanto das temporadas anteriores.
Começa relativamente bem, com o assassinato do Lorde Moutbatten (pai adotivo do Príncipe Philippe, esposo de Elizabeth II) pelo IRA (Exército da República da Irlanda), o que é uma parte da história extremamente interessante, porém o assunto IRA só dura o primeiro episódio.
E ainda mais para frente tem o caso da Guerra das Malvinas, entre Argentina x Inglaterra, que fica como pano de fundo para outras tramas, sendo que um dos filhos da Elizabeth II foi lutar na guerra (até mostra o diálogo dela com o Príncipe Andrew, onde ele pede para não ser impedido de ir à guerra). Um momento da família real inglesa muito interessante de se mostrar que fica em terceiro plano.
Sem contar que uma das melhores atrizes/personagens da série, a Helena Bonham Carter que faz a Princesa Margareth desde a 3ª Temporada, ficou muito apagada. Ela tem um episódio que é praticamente só para ela, mas ainda assim é muito pouco para uma atriz do calibre dela.
Eita, e como fica a nota então?
Apesar dos problemas com o enredo de alguns episódios, a série em si não decai na qualidade da produção. Figurino, maquiagem e cenários continuam sendo um dos melhores dentre as séries da Netflix, e uma das principais qualidades de The Crown.
E as atuações são muito boas de maneira geral, dando um destaque muito grande em Gillian Anderson e Olivia Colman. Com uma menção honrosa à Charles Dance (que interpretou Twin Lannister em Game of Thrones), no pouco que ele atua como Lorde Mountbatten nessa temporada.
Emma Corrin manda muito bem como Princesa Diana, mas o momento em que se espera para a personagem ainda está por vir.
Dito isto, acho justo que a 4ª Temporada de The Crown receba uma nota 9,0/10 na escala de qualidade Multiverso+. Aos amantes de história eu recomendo sem titubear que assistam The Crown.
Enfim, e você? O que achou da 4ª Temporada de The Crown? Escreva nos comentários sua opinião e, para mais notícias de cinema e série, siga o Multiverso+ nas redes sociais.
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Um historiador por profissão, que ama cinema e televisão e escreve por diversão.