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The Smashing Machine: O peso da estrela e vulnerabilidade de The Rock
Recém-chegado aos cinemas brasileiros, Coração de Lutador (“The Smashing Machine” no original em inglês) é o mais recente filme protagonizado por Dwayne “The Rock” Johnson. Mas diferente do esperado para um filme estrelado pelo astro, aqui vemos um estudo de personagem carregado de drama e introspecção.
A direção de Benny Safdie (Bom Comportamento, Joias Brutas) acertou em cheio ao contar a história de Mark Kerr, lenda e um dos pioneiros na ascensão do MMA, de uma forma sensível, sem abdicar da violência necessária para representar sua vida nos ringues. Mesmo sem serem o grande foco em The Smashing Machine, as lutas passam credibilidade e a força do esporte, enquanto o longa apresenta os desafios da vida pessoal de Kerr.
Junto da direção, o design de produção de James Chinlund (Batman [2022]) e a fotografia de Maceo Bishop (The Curse), que recriam muito bem o final dos anos 90 e início dos 2000 em tela, dão a The Smashing Machine o sentimento nostálgico perfeito para o drama biográfico.
Por muitas vezes o filme tem um leve aspecto de filmagens antigas, mas sem abrir mão da qualidade visual para as telonas de hoje em dia, o que vai atingir em cheio quem viveu o período (como este quem vos escreve) e dar um ar de originalidade ao longa. Mas o grande destaque principal em The Smashing Machine é a excelente atuação de Dwayne Johnson.
Abrindo mão de The Rock, o personagem que o fez conhecido, até mesmo nos pôsteres do filme, Johnson faz aqui a sua primeira entrega “séria” nos cinemas. Seu Mark Kerr não é um herói sorridente, mas sim uma figura dramática, que apesar de ter 1.90m de altura e pesar mais de 100kg, tem grandes desafios internos contra drogas e problemas de autoestima, com medo de perder.
De certa forma, seu personagem aqui conversa com a fase atual de sua carreira: em queda e dúvida após um auge onde as expectativas eram altíssimas e a qualidade da entrega trazia mais do mesmo. Assim, é possível ver que o ator teve um carinho extremamente especial para dar vida a Mark Kerr, com quem tem certas semelhanças em sua trajetória, gerando um ótimo resultado em tela, que surpreende quem esperava algo caricato vindo do ex-astro da WWE.
Outro ponto alto do filme é o trabalho de Emily Blunt, que interpreta Dawn Staples, então namorada de Kerr. The Smashing Machine foca um tempo interessante na relação do casal e como isso influenciava nos seus desafios, como a recuperação de Mark e seu esforço para se manter sóbrio, visto que, assim como o lutador, Dawn também sofreu com o consumo de substâncias (álcool).
Por conta disso, os bons momentos de Blunt em tela são bastante variados, com base em alterações frequentes de humor de sua personagem, indo de momentos fofos do casal até surtos e crises nervosas (onde a atriz vai muito bem).
Sinopse de The Smashing Machine:
“Durante o auge de sua carreira no MMA, a lenda Mark Kerr (Dwayne Johnson) se vê em meio a desafios intensos fora dos ringues, lutando contra o uso de opioides e problemas de relacionamento com sua companheira Dawn Staples (Emily Blunt), e busca dar a volta por cima no maior torneio de sua carreira”
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The Smashing Machine é mais um acerto A24, produtora que segue solidificando seu nome como um sinônimo de qualidade nos últimos anos, e pode ser responsável por abrir portas para The Rock no cinema dramático. Não seria surpresa se o longa aparecesse como indicado às premiações, principalmente nas categorias de atuação.
Confira o trailer oficial do filme:
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Nascido em 98 na pequena Pindamonhangaba, sou um cara comum que curte falar de filmes bons, música e o que mais eu estiver gostando no momento.
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