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Cloud9: O time da "virada"?

But it’s time we made a stand, with a miracle… – Jon Bon Jovi

O que seria possível dizer quando um time considerado datado, sem sorte, desestruturado e na última colocação da competição que disputa, consegue sequenciais vitórias, chegando a bater o maior campeão da LCS NA em uma semifinal? Pois é, a Cloud9 operou diversos milagres, e um deles foi “desencabeçar” a gigante Team SoloMid para estarem presentes nesta final.


A semifinal aos meus olhos
O primeiro jogo da série

Para falar a verdade, os dois times se portaram de forma semelhante no início da série. No primeiro jogo, o maior empecilho para a Cloud9 foi a forma como a composição da TSM foi montada, visando constantes team fights no early/mid game. O pick de Zilean por parte do Jensen não foi o suficiente para segurar o jogo a favor da C9, que viu o Bjergsen e sua Akali ficarem gigantes com o decorrer da partida (ele terminou o jogo com um total de 9 abates). A partida acabou por volta dos 40 minutos, uma vez que era praticamente impossível para Licorice e cia segurarem o avanço da equipe inimiga. Além da vantagem na série, a vitória garantiu uma moral pra Team SoloMid no próximo jogo, visto que enfrentariam uma Cloud9 que foi apática no quesito tomada de decisões.

O segundo jogo da série

Contrariando todas as expectativas de uma volta abalada, a Cloud9 adaptou o seu jogo e aplicou de forma mais sensata nesse segundo jogo. O pick de Zilean na mid lane foi repetido, uma vez que seu ‘cronoquebra‘ é uma ótima resposta ao burst proporcionado pela Akali, que retornou nas mãos do Bjergsen. Com um jogo mais redondo e mais bem controlado, a ‘nuvem nove‘ conseguiu fazer o primeiro Baron e finalizar e garantir o empate em 26 meros minutos. O destaque da partida com certeza fica nas mãos do Jensen, que abusou bastante do seu “quebrada” ultimate, que era essencial nas lutas que aconteciam.

O terceiro jogo da série

Mais um jogo no qual a Cloud9 apostou em um draft focado para lidar com Bjergsen e seu arsenal de assassinos. Desbalanceando todo o plano de jogo da equipe de Sneaky, Zven resolveu aparecer com um Swain na bot lane da TSM. Tudo o que poderia dar errado (no caso, deixar que o Swain ficasse grande), deu errado e em uma luta 5×3 em frente ao “pit” do Dragão, Zven conseguiu um quadra kill aos 14 minutos, tirando assim, as esperanças da C9 na partida. Além de Zven, vale destacar o exemplar jogo que foi mostrado pelo Hauntzer e seu Gangplank, peça fundamental para que a Team SoloMid abrisse 2-1 na série e conquistasse o primeiro “match point” da série.

O quarto jogo da série

Ah, o dedo do técnico! Para o “tudo ou nada”, a Cloud9 fez duas substituições, trocando o meio Jensen e o selva Blaber (Sim, o mesmo considerado o melhor novado do split). Para atuar no lugar, vieram Goldenglue para a mid lane e Svenskeren (Lei do ex?) para a selva. Um fato curioso: Seria a primeira vez em que o Goldenglue jogaria um mata-mata na LCS. Mesmo sendo sua primeira vez sofrendo a pressão dos playoffs, o novato trouxe um Malzahar de ‘Predador‘ e conseguiu lidar bem com o Ryze e o Graves, impedindo que houvesse um snowball de ambos na partida. A Cloud9 errou, mas não foi punida, visto que a maioria dos abates do time preto e branco ficaram nas mãos do Mithy e seu Tahm Kench, enquanto a C9 tinha os abates distribuídos entre seus jogadores mais importantes.

O jogo em si acabou com um engage cirúrgico do Ornn do Licorice junto do Zilean de Zeyzal, que junto aos outros três companheiros, garantiram o 2-2 da série e mais uma rodada de “Silver Scrapes“, confirmando assim, o “hype” de cinco jogos entre as duas equipes. O destaque com certeza fica nas mãos do Licorice, que segurou bem o Gnar no topo, impedindo o seu crescimento no jogo.

O quinto… e último jogo da série

Eu juro que gostaria de escrever bastante coisa do quinto e último jogo, mas no entanto, o próprio jogo não facilitou. Visto que provavelmente a TSM sentiu a derrota no quarto jogo e parecia apática diante das decisões da Cloud9, se olharmos o placar de abates, o jogo seria bem parelho. Todavia, aos 20 minutos, a C9 levava sua quarta torre na partida contra zero torres levadas pela rival, que 3 minutos depois, deu início a uma luta que claramente não iria acabar bem, já que de longe o Zven não teria poder suficiente para enfrentar a frente “parruda” que Licorice fazia com sua Poppy.

Foi ai então, que após 3 abates, aos 24 minutos de partida, o Nexus da Team SoloMid foi desintegrado pela Cloud9, que naquele momento, cravava mais um milagre, em mais um split

Bot to the top…

MVP da Série: Eric “Licorice” Ritchie – Ornn (1)|Ornn (2)|Ornn (3)|Ornn (4)|Poppy (5)


No fim do dia, foi possível ver que a “lei do ex” funciona também funciona no League of Legends (Svenskeren deve ter comemorado horrores); a Cloud9 foi um time que não abandonou suas crenças e acreditou em todos seus jogadores tanto do time A quanto do B, segurando todas as críticas feitas rodada após rodada.

Agora, ela vai disputar a final da LCS NA com um hype absurdo, qualquer um dos componentes do time pode brilhar e garantir o jogo em suas devidas proporções. Mesmo não chegando nas finais como favorita, o time vai levar consigo uma bagagem e uma sorte digna de campeões, pra quem sabe até, reverter a situação e se consagrar mais uma vez campeã norte-americana.


Acompanhe a final entre Cloud9 e Team Liquid ao vivo nos canais da Riot Games na Twitch e no Youtube. A transmissão acontece no domingo (9), a partir das 16h (horário de Brasília).

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Main Udyr, repórter do setor de esports, economista e músico.

Main Udyr, repórter do setor de esports, economista e músico.

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