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Entrevista: Claudio Godoi, Psicólogo da INTZ, fala sobre a importância da Psicologia dentro dos esports
Setembro é o mês mundial de prevenção do suicídio. De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas – em sua maioria de 15 a 29 anos – se suicidam por ano, sendo a segunda maior causa de morte no planeta, ficando atrás apenas da violência.
Pensando nisso, trouxemos uma entrevista com um profissional que entende do assunto, e hoje, atua rodeado de jovens em uma das maiores organizações de esports do América Latina. Claudio Godoi, Psicólogo da INTZ eSports, falou com exclusividade ao Multiverso+ sobre a importância do acompanhamento psicológico na rotina dos jogadores profissionais, além de exaltar a relevância da Psicologia dentro dos esportes eletrônicos. Confira a entrevista abaixo:
Multiverso+: O que você acha que é necessário para trabalhar com uma organização de esportes eletrônicos?
Claudio Godoi: Acho que o principal para trabalhar em uma organização de esportes eletrônicos é realmente gostar de esportes eletrônicos. É um mercado em crescimento e os horários de trabalho e eventos não são convencionais e muitas vezes não seguem o horário comercial. No entanto, todas as pessoas com que você lida no dia a dia estão empenhadas nessa causa com uma paixão pelos games.
M+: É preciso algum diferencial para ser um profissional de Psicologia no meio dos esports?
Claudio: O Psicólogo nos esports ele é como um psicólogo do esporte tradicional. Como qualquer psicólogo do esporte é necessário que você conheça a modalidade com que você está trabalhando. Então é preciso se envolver com a causa, saber que funções biológicas e cognitivas estão em ação durante aquela modalidade e até mesmo conhecer as regras e as expressões do jogo para poder entender o que o seu atleta está falando.
M+: Você acredita que a presença de um psicólogo acompanhando os jogadores no dia a dia é um diferencial que todas as organizações devem correr atrás?
Claudio: Sem dúvida. Neste enfoque o treino psicológico destaca-se especialmente no desenvolvimento de atletas de alta performance. Seja em momentos críticos, como em uma final com milhões de pessoas assistindo e tendo que lidar com essa pressão, ou no treino psicológico, de como otimizar o rendimento do treino.
M+: Que tipo de ajuda é mais cobrada de você pelos jogadores?
Claudio: Os jogadores buscam sempre formas de melhorar seu jogo, resolver conflitos da equipe e em como ser mais constantes frente sua atuação em partidas importantes. Acho que este último é o mais buscado por eles.
M+: Estamos no mês de setembro, que é bastante representativo por ser o mês de luta contra o suicídio. Na sua opinião, qual a importância de trazer essa luta para o universo dos games?
Claudio: Acredito que é importantíssimo ressaltarmos a luta contra o suicídio nos games. Diversos jovens e adolescentes buscam os games como fuga dos problemas da vida diária e muitas vezes o jogo por si só não resolve essas questões. Através dos games podemos acessar de maneira mais efetiva, sem resistência, jovens em depressão ou com outros problemas graves em seu convívio e prestar a eles o auxílio necessário.
M+: A Psicologia tem futuro no mercado de esports?
Claudio: A Psicologia tem muito futuro nos esports! Reflexos rápidos ganham jogos. Coordenação de equipe, boa comunicação, resiliência a frustração, paciência, adaptação e persistência ganham campeonatos. Esse é o foco da Psicologia dos esports, auxiliar na conquista de sonhos levando em conta o funcionamento e a saúde dos envolvidos.
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