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Crítica ‘As We See It’ (Nosso Jeito de Ser), da Amazon
Na última sexta-feira (21) estreou no Prime Vídeo da Amazon a primeira temporada de As We See It, que em português ganhou o título Nosso Jeito de Ser. Baseada na israelense On the Spectrum, a série é um misto de drama e comédia. Com oito episódios de 30 minutos cada, três jovens de 25 anos que são amigos desde a pré-escola moram juntos em um apartamento na Califórnia. As We See It fornece uma visão incisiva e emocionante do autismo.
Na dramédia de Jason Katims (ganhador do Emmy por Friday Night Lights), conhecemos Harrison (Albert Rutecki), Jack (Rick Glassman) e Violet (Sue Ann Pien), três jovens adultos no espectro do autismo que dividem um apartamento supervisionados por uma assessora, Mandy (Sosie Bacon).
Jack é um web designer altamente inteligente que luta pela estabilidade financeira depois que seu pai revela que está com câncer. Harrison é bondoso, mas não consegue sair do apartamento do trio em Los Angeles. E Violet quer desesperadamente um namorado, mas tende a assumir que atenção é igual a amor e casamento
Sinopse: Encontrar o amor, fazer amigos, arranjar emprego, tornar-se adulto. Assista três colegas de apartamento no espectro do autismo viverem dia a dia os desafios, as tristezas e as alegrias de seus 20 e poucos anos.
Vendo através das lentes desses três personagens
Quando era criança, Jack costumava ter acessos de raiva descomunais. Ele gritava e berrava, brigava com outras crianças. Ele as mordia. Me mordia! Lembro-me de levá-lo ao parquinho, olhar em volta e desejar ter qualquer outra criança no mundo como filho em vez dele. Então eu comecei a perceber que ele me tornava melhor. Eu me tornei um pouco mais atencioso, mais compreensivo. Eu gosto de quem eu me tornei. Então fica mais fácil? Na verdade não. É um fardo enorme. Mas também é uma dádiva. Mas estou certo de uma coisa, se seus pais pudessem ver como está lidando com tudo isto, ficariam muito orgulhosos de você.
No final da série, Lou (Joe Mantegna) – que interpreta o pai de Jack é questionado por Van (Chris Pang), irmão de Violet, se “fica mais fácil”. De maneira emocionante, Lou responde com o monólogo acima, sobre as dificuldades de criar seu filho, sobre como houve momentos em que ele desejou ter outro filho além do seu. “E então eu comecei a perceber”, disse ele. “Estava me deixando melhor. Tornei-me um pouco mais atencioso. Um pouco compreensivo. E eu gostei do cara que me tornei. Fica mais fácil? Não. É um fardo e tanto. Mas também é uma dádiva.”
A dádiva desse fardo é o tema dominante de As We See It. É uma série adorável, charmosa, às vezes muito engraçada, que vem de um lugar de empatia real. Eu assisti a série inteira de uma só vez, você se pega rindo e dois segundos depois, você está chorando. É fenomenal!
A série tem delicadeza, diverte e emociona. E ganha muitos pontos por ter alguns fatores bem diferenciados. Pra começar, a série vê papéis autistas preenchidos por artistas autistas, dando a As We See It uma autenticidade nunca alcançada nesta escala antes.
Os papéis autistas há muito foram para atores não autistas, vistos repetidamente em programas como Atypical e The Good Doctor. Ao escalar três atores autistas como protagonistas autistas, a série oferece uma representação mais autêntica de indivíduos no espectro. Glassman, Rutecki e Pien são simplesmente maravilhosos em seus papéis. Além do trio principal, dois atores com autismo também co-estrelam na produção.
Outro diferencial da série é mostrar perfis variados de pessoas no espectro, e não somente aquele padrão “prodígio” que costuma ser retratado nas telas em produções como Rain Man e The Good Doctor.
A série com certeza é um grande salto na representação do autismo, inclusive já queremos segunda temporada.
A comédia ganha um 8/10 na escala do M+.
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De Game of Thrones a Grey's Anatomy, de Breaking Bad a Harry Potter. Bruna é maratonista profissional de filmes e séries, leitora feroz e aspirante a fotógrafa. Produtora de conteúdo e graduada em Jornalismo pela Universidade Anhembi Morumbi.