Em preparação para o lançamento do novo game SONIC X SHADOW GENERATIONS, SEGA está lançando…
O Príncipe Dragão: Crítica
A Netflix vem a um tempo surpreendendo com séries próprias de alta qualidade e com a participação de roteiristas e diretores conhecidos, e “O Príncipe Dragão” é mais uma série original que mantém esse padrão, com um tipo de animação já vista em outras séries do serviço de streamings e uma história interessante.
O QUE ESSA SÉRIE TEM DE INTERESSANTE?
O Príncipe Dragão é quase que uma animação de uma aventura de RPG de mesa em que o DM (Dungeon Master) estava extremamente inspirado: a história se baseia na consequência que a corrupção de uma mago trás para a humanidade, que a faz ser punida por povos fantásticos com a expulsão das terras mágicas, o que ocasiona em uma guerra que se prolonga por gerações entre a humanidade e os outros povos. Simples? Sim. Interessante? Com certeza!
O DM dessa série seria ninguém menos que Aaron Ehasz , de Avatar: a Lenda de Ang, com um co diretor Justin Richmond, que escreveu o enredo de Uncharted 3. Sem dúvida uma dupla forte e que obtém um ótimo resultado: a história de fundo é fantástica. Ela não apenas envolve um conflito entre dois lados, mas apresenta muitos tons de dissonância tanto do lado da humanidade (que é o lado da história que nos identificamos por razões óbvias) quanto do lado dos povos fantásticos, o que mostra que não existe certo ou errado, apenas pontos de vista que se convergem em objetivos opositores, além de uma visão sobre magia e compreensão de mundo que é apresentada muito bem através da interação entre os três personagens principais.
MAS NEM TUDO SÃO FLORES
Apesar de ser uma série muito interessante, muito bem sedimentada, a execução deixa a desejar. A quantidade de informação grande que o background apresenta é muito mal distribuída pela quantidade de episódios e pelo tempo de cada episódio (20 minutos em média), o que deixa o seriado em alguns momentos muito lento, e em outros muito corrido, não deixando assim um ritmo padrão para o desenvolvimento da história, e isso fica mais perceptível quando pegamos a outra obra de Ehasz, Avatar: Príncipe Dragão não consegue apresentar os acontecimentos com a mesma coerência e ritmo que a Lenda de Aang.
Não apenas o ritmo incomoda, mas a animação também. Em alguns momentos tive a impressão que a série estava travando, mas depois do terceiro episódio eu entendi que a animação era assim. O 3D da computação gráfica ficou um pouco estranho de assistir pois, diferente de séries como Aijin (presentes no catálogo da Netflix), os personagens são meio que desenhado, e essa combinação não ficou muito boa, mas no fim não é nada que comprometa as cenas de ação.
E ENTÃO?
Então que mesmo com esses problemas, Príncipe Dragão é uma série 7,5/10! Realmente o ritmo incomoda, mas a estória contada é muito interessante e o fim da primeira temporada é do tipo ” Caramba! E agora o que vai acontecer?”, e esse exito em prender a atenção e a expectativa do espectador é o grande resultado da série. Talvez ela não agrade pessoas mais velhas, até pela falta de “seriedade” em certos momentos do enredo, mas com certeza agradará o público alvo de 10 anos, de fãs da Lenda de Aang, e de qualquer um que um dia já jogou um RPG como D&D, Tormenta, e outros de medieval fantástico.
E você? O que achou dessa nova série da Netflix? Deixe nos comentários sua opinião e siga o Multiverso + nas redes sociais.
Comentários
Um historiador por profissão, que ama cinema e televisão e escreve por diversão.