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Crítica – Capitã Marvel, como um roteiro mediano pode abalar um filme

Estreia nessa quinta-feira dia 07/03/2019, Capitã Marvel o primeiro filme da Marvel no ano, produzido pela Disney Studios, com a direção de Anna Boden e Ryan Fleck, estrelando Brie Larsson no papel principal como Capitã Marvel ou Carol Danvers, Samuel L. Jackson volta como Nick Fury, porém aqui com uma relevância muito maior para o longa, Jude Law é Yon-Rogg,       Ben Mendelsohn sendo Talos, entre outros grandes nomes. O filme é muito esperado justamente por apresentar uma personagem que pode fazer toda a diferença no longa mais aguardado da década, Vingadores: Ultimato, que encerra a saga atual da MCU.

O filme se passa nos anos 90, então pela cronologia é posterior apenas ao primeiro Capitão América, logo ele até possui uma vibe anos 90, tem uma cena de perseguição de carro que lembra bastante os franquias de ação daquela década, as roupas até fazem referências ao estilo da época, porém em parte apenas, podiam ser ainda mais, existem algumas cenas com claras referências também ao período, mas poderia ter uma alma mais noventista, pelo menos em se tratando de que se vê em cena. Porque a trilha é brilhante, foca totalmente na cena musical daquela do período, com uma boa mistura de estilos e muitas cantoras femininas, dando um toque muito interessante de empoderamento ao longa.
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Outro ponto alto no filme são as atuações, principalmente em se tratando do elenco principal, Samuel L. Jackson como sempre está impagável, Brie Larsson que muitos tinham medo, entrega uma Capitã real, com a qual você se importa, sem deixar a desejar em nenhum momento, sua melhor amiga, Maria Rambeau( Lashana Lynch) e sua filha Monica, interpretada pela maravilhosa Akira Akbar são outro destaque, também brilhante em seu papel está Ben Mendelsohn, como Talos, um Skrull, raça rival dos Krees, a qual a Capitã tem ligação.
Bem por aqui começam os problemas do filme a começar pelo enredo, os diretores que tiveram grande participação na elaboração dele junto com a Geneva Robertson-Dworet, encarregada também do reboot de Tomb Raider (2018). A história tem bem menos piadas que a maioria dos filmes da Marvel, ainda tem muitas, mas não tantas. A Capitã tem muito do seu sarcasmo dos quadrinhos. O filme porém tem diversas mudanças drásticas com o universo dos quadrinhos. Mas não entrarei em detalhes, porém se um leitor muito fiel das hqs for ver o longa, tem grandes chances de se decepcionar. Existem ainda alguns furos de roteiro, mas com falhas principalmente em temas ligados ao próprio MCU, com algumas cenas que em outros filmes eram sérias e nesse explicam em forma de piada, além de algumas lacunas que não foram explicadas e provavelmente nem o serão. A melhor parte do roteiro é fazer o núcleo de atores funcionar muito bem em conjunto, com o público acreditando, se importando com os personagens e comprando a ideia.
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Os efeitos especiais estão bem abaixo do nível Marvel, principalmente em se tratando dos últimos anos, se tornando o principal ponto negativo do filme, com algumas cenas sendo bem simplórias, porém o rejuvenescimento do Samuel L. Jackson, do agente Coulson e principalmente as cenas com o gato Goose estão fantásticas, aliás parece que gastaram todo orçamento de CG do longa no felino apenas. Em muitas partes simplesmente deixa-se de acreditar estar vendo um filme com atores, pelo fraco estilo visual.
A direção é razoável, acerta em cheio com o elenco, porém falha em cenas de luta, nas cenas no espaço e em outros planetas O casal Anna Bolden e Ryan Fleck, que não tinham feito nenhum filme de expressão até aqui, mostram um certo talento, mas a falta de experiência com grandes produções se mostrou como um empecilho para uma produção de tamanha relevância.
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Em resumo, o filme diverte e vale o ingresso, principalmente para garotas e jovens mulheres, ter uma personagem feminina, humana, com tamanhos poderes é uma inclusão tremenda, em breve, muitas garotas de doze anos vão estar se vestindo como Capitã Marvel, isso é algo maravilhoso. Se você não conhece a fundo o universo Marvel dos quadrinhos também pode gostar bastante do filme. Porém se o espectador for fã das hqs da Capitã e sua origem, as chances de sair decepcionado e até mesmo odiando o filme são bem grandes.
Roteiro 6
Direção 7
Atuação 9
Trilha 10
Fotografia 7
Nota Final 7
 

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