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Luca

Luca (2021): Crítica com spoilers

No dia 18 de junho, a Disney lançou sua mais nova animação Luca, disponível apenas em seu serviço de streaming, o Disney+. Confira o trailer:

<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”en” dir=”ltr”>Start your summer with Luca.☀️ Stream <a href=”https://twitter.com/hashtag/PixarLuca?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw”>#PixarLuca</a> June 18 on <a href=”https://twitter.com/disneyplus?ref_src=twsrc%5Etfw”>@DisneyPlus</a>! <a href=”https://t.co/btifBaQmdV”>pic.twitter.com/btifBaQmdV</a></p>&mdash; Disney and Pixar’s Luca (@PixarLuca) <a href=”https://twitter.com/PixarLuca/status/1403743905095450627?ref_src=twsrc%5Etfw”>June 12, 2021</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>

Um filme leve

Luca nos oferece algo um pouco diferente do que estamos acostumados, normalmente as animações da Disney nos apresentam uma trama onde há uma grande aventura, com um grande antagonista ou vilão, que representa uma grande ameaça ou perigo. Essa nova obra parece não apresentar a mesma receita, existe sim uma aventura, mas não se trata de uma grande jornada ou coisa do tipo, assim como também há um antagonista, mas que não representa uma tremenda ameaça.

Além disso, fatores como o tempo de duração do filme (1h36m) e sua ambientação, fazem com que assisti-lo se torne algo bem leve, breve e descontraído. No entanto, isso não quer dizer que não trará emoções a tona, muito pelo contrário.

A história

O protagonista Luca é um ser marinho de forma humanoide que vive sob as águas de Portorosso, uma fictícia e pacata vila costeira da riviera italiana, onde é famosa a caça de “monstros marinhos“. Tanto ele quanto sua família sabem da existência e dos perigos da humanidade e que são tratados como monstros por eles, mas o protagonista apresenta logo cedo uma grande curiosidade sobre o mundo da superfície.

Luca conhece então Alberto, um garoto da mesma espécie, mas que vive escondido na superfície, desfrutando das maravilhas da superfície, e é ele que o convence a conhecê-la. Dentre as grandes invenções da humanidade, a que mais cativa os garotos é a Vespa, uma espécie de motocicleta tradicional italiana, e ambos compartilham o sonho de adquirir uma e conhecer o mundo. No entanto, os pais de Luca descobrem que ele tem visitado a superfície, e decidem levá-lo para passar um tempo nas profundezas do oceano, como uma forma de castigo, a fim de evitar isto, ele foge com Alberto para Portorosso onde se disfarçam entre os humanos.

Em Portorosso os garotos conhecem Giulia, uma garota que todo verão compete na “Portorosso Cup”, um circuito que oferece um prêmio em dinheiro para os vencedores. Assim, eles decidem se juntar a ela a fim de conquistar o prêmio e comprar a tão sonhada vespa, mas Ercole Visconti, um adulto e campeão diversas vezes da Portorosso Cup está determinado a impedi-los. Fora isso, os pais de Luca também vão para a cidade procurá-lo, porém sem que ele saiba.

Ao final, os garotos vencem o circuito, mas com o grande custo de serem revelados como “monstros”, no entanto, como se trata de um filme infantil, tudo acaba bem, os humanos acabam aceitando-os como parte de sua sociedade e os garotos conseguem a tão desejada vespa. O que não se esperava, era que Luca desenvolveria uma enorme paixão por algo “humano”, os estudos, logo, Alberto vende a motocicleta para que ele possa ir para uma cidade maior estudar em uma escola humana.

Inclusão?

O filme apresenta diferentes espécies e o convívio entre elas, portanto acaba abordando diversas vezes o tema do preconceito, que mesmo sendo praticado contra uma espécie fictícia, é bem real entre humanos no mundo real. Pode se tratar de uma grande coincidência, ou não, mas vale reparar o mês de estreia do filme, que representa para nós o mês do Orgulho LGBTQIA+, no qual é celebrado a visibilidade e a representatividade dessas minorias, que também sofrem do mesmo problema. Claro, a animação não faz referência direta a elas, mas há a possibilidade de se tratar de uma mensagem subjetiva de apoio, além disso há o benefício de ensinar ao público infantil os problemas causados pelo preconceito.

Chovendo no molhado?

Sendo assim, a nova animação da Disney nos apresenta algo velho com gostinho de novo, embora pareça uma proposta diferente a primeira vista, sem uma grande aventura, um grande herói ou um grande vilão, no fundo temos mais do mesmo, muitas vezes o roteiro acaba sendo previsível, como se seguisse a clássica receita de bolo.

Porém, estamos falando de Disney, ou seja, filmes que dificilmente são ruins. Em nenhum momento surge a sensação de tédio, ou aquela possibilidade de se distrair com outra coisa, a animação é carregada de humor e emoções, fazendo valer a pena assistir novamente. Além disso, o final da obra da bastante brecha para uma possível continuação, podendo despertar em alguns a sensação de quero mais.

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