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Bleach por Netflix: Crítica

Desde a febre estrondosa nos anos 80 e 90, os animes e mangás são formas de entretenimento massivas e internacionais, e como todo bom produto infanto-juvenil (e as vezes adulto), já tivemos diversas adaptações live action, entretanto com sucessivos fracassos, sendo o Dragon Ball Evolution um dos ícones do quão ruim pode ser uma adaptação de anime/mangá para as telas. E agora, o mangá/anime que estreou em fins da década de 90 para os anos 2000, e, que foi considerado como um dos Três Grandes junto com Naruto e One Piece finalmente ganha sua primeira adaptação: Bleach entra para o hall dos live actions. Mas e ai? Ficou bom?
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SOBRE O MANGÁ/ ANIME
Bleach foi um mangá de extrema popularidade enquanto circulou desde 2001 até 2016, com uma ascensão espetacular em sua popularidade até um fim controverso, que desagrada ainda hoje os fãs da franquia. A estória gira em torno de Kurosaki Ichigo, um estudante do ensino médio que desde pequeno conseguia ver almas, mas que realmente entendeu o que ele era capaz de fazer após encontrar a Shinigami (Ceifeira de Almas) Kuchiki Rukia, e ela salvar sua vida e da sua família ao transforma-lo em um Shinigami Substituto.
Nunca foi um mangá com um enrendo realmente bom, inclusive em alguns momentos havia tanta informação na estória que fica difícil entender para onde ia a franquia, mas Bleach sempre apresentou cenas de lutas muito bem feitas e desenhadas, além de uma identidade visual e uma mitologia recheada de conceitos muito interessantes. Quando foi para os animes, Bleach chegou com algo que particularmente vejo que nem sempre animes shonen tem em qualidade: trilhas sonoras incríveis, e músicas em openings e endings agradáveis e que realmente conseguiam refletir o momento que o anime estava.
OK, E O FILME?
Bem o filme é muito bom, se fosse preciso uma classificação numérica é um filme 08/10. Ele consegue pegar os pontos centrais do primeiro arco e fazer o que muitos outros live action de animes não conseguiu: ADAPTAR! Parece uma coisa boba, mas não é. Quando se tem a iniciativa de transportar uma mídia estática e escrita como mangás e quadrinhos para o cinema/ vídeo é necessário fazer mudanças em prol do roteiro, e nisso o diretor Shinsuke Sato, junto com o criador do mangá Tite Kubo e o roteirista Daisuke Habara conseguiram com um excelente resultado.
O filme apresenta a estória que Kurosaki Ichigo encontra Kuchiki Rukia e juntos desenvolvem uma amizade enquanto ela ensina a ele como ser um Shinigami Substituto de uma forma coesa e empolgante, dando respeito a obra original. inclusive com fan service desde os mais sutis até a transposição igual de cenas icônicas do primeiro arco do anime/mangá. Para um fã da obra, é uma alegria e até mesmo um alivio ver o quão bem foi feito o filme, com um orçamento nem tão grande quanto a identidade visual e das lutas que o material original tem requeria, com um custo final de aproximadamente $3,6 milhões, mas com um uso refinado e preciso dos efeitos visuais e com o uso surpreendentemente bom de efeitos práticos, e as coreografias de lutas muito bem planejadas e executadas.
Para quem não é fã, ou nem mesmo conhece o filme, pode ser uma ótima porta de entrada para o universo de Bleach, pois o filme em si é uma simplificação adaptada do primeiro arco, onde são apresentados os conceitos básicos da mitologia do mangá/anime.
Então respondendo a questão sim, o filme é bom! Tem seus defeitos como personagem que da a se entender serem importantes, mas que fica meio mal explicado porque eles são importantes, mas no geral é uma ótima adaptação que deixa uma esperança, mesmo que vã, de continuações para o live action, e até quem sabe uma esperança para as adaptações live actions de animes.
Mas e você, o que você achou do filme? Deixe nos comentários suas impressões e siga o site nas redes sociais.

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Um historiador por profissão, que ama cinema e televisão e escreve por diversão.

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