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Dota 2: A história do The International (parte 1)

Estamos a menos de 7 dias para o início do The International 2019. O maior torneio de Dota 2 está marcado para a próxima quinta-feira (15), ele é realizado desde 2011 e é considerado como um dos maiores eventos dos esports. Desse modo, o mundial é conhecido pelas suas grandes premiações e suas grandes histórias e confrontos.

Com o início cada vez mais próximo, a Multiverso+ preparou uma série de matérias especiais sobre o torneio. Começando pela sua história, relembrando seus campeões e as principais narrativas de cada edição.

2011 – Natus Vincere

Time da Na’Vi campeã do primeiro The International – (Reprodução/gamepedia)

Em agosto de 2011, a Valve anunciou que seu novo jogo seria apresentado durante a Gamescom com um grande torneio. Na época, os esports não eram a grande potencia que são hoje, estavam longe das grandes premiações e do profissionalismo. Dessa forma, a premiação de U$1.000.000 acabou chocando toda a comunidade dos jogos.

O Dota 2 ainda não havia sido anunciado ao público e o The International marcou sua estreia no mercado. O torneio contou com 16 equipes de DotA convidadas, eles tiveram acesso ao jogo de maneira antecipada para se preparar. O palco foi a Gamescom daquele ano, realizada em Cologne na Alemanha entre os dias 17 e 21 de agosto.

O torneio foi dividido em duas etapas, fase de grupos e playoffs. Primeiramente, os dezesseis times foram separados em quatro grupos onde todos jogavam contra todos. Por fim, a etapa de playoffs foi disputada em modo de eliminação dupla, onde os dois primeiros dos grupos foram para a chave dos vencedores e os dois últimos para a chave dos perdedores.

Fase de Grupos:

Grupo A: EHome 3-0Invictus Gaming 2-1, Storm Games Clan 1-2 e Mineski 0-3.

Grupo B: Nirvana.int 3-0TyLoo 2-1, Nirvana.cn 1-2 e Virus Gaming 0-3.

Grupo C: Meet Your Makers 2-1Moscow Five 2-1, MiTH.Trust 2-1 e MUFC 0-3.

Grupo D: Natus Vincere 3-0Scythe Gaming 2-1, Next Evolution 1-2 e Gosu Gamers 0-3.

Playoffs:

Dois times se descaram durante todo o torneio, Na’Vi que chegou na grande final de maneira invicta na competição. Enquanto a EHome chegou pela chave dos perdedores, tendo perdido apenas dois jogos no torneio. Dessa maneira, a final foi como muitos esperavam uma vitória de 3-1 para a Natus Vincere com partidas muito disputadas, consagrando assim Alexander “XBOCT” , Danil “Dendi”, Dmitriy “LighTofHeaveN”, Ivan “Artstyle” e Clement “Puppey” como os primeiros campeões do The International.

A Valve produziu um documentario sobre a realização do The International, onde aborda não apenas os jogos no torneio. Mas também as principais narrativas daquela competição, acompanhando de perto 3 jogadores: Danil “Dendi” Ishutin, Benedict “hyhy” Lim e Clinton “Fear” Loomis. Confira aqui.

2012 – Invictus Gaming

IG derrota Na’Vi na grande final e se torna a segunda campeã do TI – (Reprodução/Valve)

Em 2012, a Valve anunciou que realizaria a segunda edição do The International, tornando assim um evento anual. Da mesma maneira que no ano anterior, o time campeão seria premiado com a quantia de U$1.000.000. Desta vez o evento foi realizado em Seattle nos EUA entre os dias 26 de agosto e 2 de setembro.

Assim como no ano anterior, 16 equipes disputaram a premiação milionária, porém este ano foram 14 convites e 2 times vindos das qualificatórias geográficas, dividido entre ocidente e oriente. O formato do torneio teve pequenas alterações, mas se manteve dividido entre fase de grupos e playoffs. Agora eram 2 grupos de 8 equipes com partidas de ida e volta. Para os playoffs se manteve a dupla eliminação, onde os 4 primeiros dos grupos iriam para a chave dos vencedores e os 4 últimos para a chave dos perdedores.

Fase de Grupos:

Grupo A: LGD Gaming 14-0Team DK 11-3Evil Geniuses 8-6, Team Zenith 8-6, Counter Logic Gaming 6-8, Absolute Legends 5-9, Mousesports 2-12 e Moscow Five 2-12.

Grupo B: Invictus Gaming 13-1compLexity Gaming 9-5, Orange Gaming 8-6Natus Vincere 8-6, TongFu 6-8, EHome 6-8, Darer 3-11 e Mortal Teamwork 3-11.

Playoffs:

Diferente de como foi na edição anterior, os playoffs não tiveram times dominantes e contou com muitas séries disputadas. Apesar disso, houve um dominio chines, já que, do top 8 apenas duas equipes não eram do país. Dessa forma, as fases finais se transformaram em Na’Vi contra a China.

Mais uma vez o time ucraniano conseguiu a vaga na final e iria enfrentar um adversário chines, dessa vez a Invictus Gaming. O time da Na’vi mostrou durante os playoffs que ainda eram um dos melhores do mundo, porém, durante a grande final a equipe chinesa provou que estava um degrau acima dos antigos campeões. Desse modo, Chen “Zhou”, Luo “Ferrari_430”, Jiang “YYF” Wong “ChuaN” e Zeng “Faith” se consagraram campeões e impediram o bicampeonato da Na’Vi.

2013 – Alliance

Alliance supera Na’Vi em uma final emocionante e conquista o TI3 – (Reprodução/Mineski.tv)

Em 2013, a Valve realizou algumas mudanças para a terceira edição do The International, que foi realizado em Seattle entre os dias 2 e 11 de agosto. A principal mudança foi a implementação do Compendium, um item interativo que era comprado na Steam, onde 25% do valor era somado a premição de U$1.600.000. A premiação final foi de U$2,874,380, um aumento de mais de U$1.000.000.

Da mesma forma como no ano anterior, 16 equipes brigaram pela primeira colocação. Porém, desta vez foram 13 convites e 2 equipes vindas das qualificatórias, por fim a última vaga foi decidida em uma partida melhor de 5 entre as segundas colocadas das qualificatórias. O torneio manteve o formato da edição anterior.

Fase de grupos:

Grupo A: Natus Vincere 11-3, Team DK 10-4, Fnatic 9-5LGD Gaming 8-6, Team Dignitas 8-6, Team Zenith 6-8, Mousesports 4-10 e MUFC 0-14.

Grupo B: Alliance 14-0TongFu 8-6Invictus Gaming 8-6Orange Esports 8-6, Team Liquid 7-7, LGD.int 5-9, RattleSnake 3-11 e Virtus.Pro 3-11.

Playoffs:

Diferentemente dos outros anos, nesta edição não tivemos o dominio das equipes orientais e pela primeira vez duas equipes ocidentais se enfrentaram na grande final. A equipe sueca da Alliance mostrou durante toda a competição que era uma das francas favoritas. Dominou a fase de grupos e seguiu dominando os playoffs, onde só teve uma derrota para a Team DK.

Do outro lado, mais uma vez chegava a Na’Vi, que pela primeira vez caiu para a chave dos perdedores. Apesar de bons resultados os ucranianos não chegavam com muito prestigio como nos anos anteriores. Mas ainda assim a final tinha todos os elementos para ser épica.

A grante final do TI3 é considerada por muitos até hoje como a maior de todos os tempos. Pela primeira vez houve uma partida número 5 e ela não decepcionou, ambas as equipes foram levadas aos seus limites. Mas, no fim Jonathan “Loda”, Gustav “s4”, Henrik “AdmiralBulldog”, Jerry “EGM” e Joakim “Akke” conquistaram a maior premiação dos esports até então.

Além da emocionante grande final, a equipe ucraniana protagonizou um dos momentos mais polêmicos da competição. Na partida contra a TongFu, Dendi e Puppey realizar a controversa jogada da “puxada para fonte” e que garantiu a vitória no confronto. O episodio gerou muitos debates dentro da comunidade e a indignação, principalmente, da equipe da Alliance de muitos outros.

2014 – Newbee

Newbee supera a equipe da VG e se consagra campeã do TI4 – (Reprodução/Valve)

Para 2014, o The International passou por diversas mudanças em seu formato e qualificatórias. Além disso, a Valve voltou a adotar o Compendium, o que acabou gerando uma premiação total de U$10,923,977, um novo recorde nos esports. O torneio foi realizado na Key Arena em Seattle nos EUA entre os dias 8 e 21 de julho.

A quantidade de times se manteve em 16, porém 11 foram convidados, 4 vieram das qualificatórias regionais (América, China, Europa e sudeste asiático) e a última vaga foi decida em uma eliminatória simples entre os segundos colocados das qualificatórias. Quanto ao formato, o torneio passou a ser dividio entre playoffs e evento principal. Nos playoffs eram 3 fases: primeiro, a definição da última vaga na competição. Segundo, uma etapa de todos contra todos, onde os 2 primeiros foram direto para a chave dos perdedores, os 8 do meio foram para a terceira fase e os últimos 6 eiminados. Terceiro, foram divididos 2 chaves com 4 times de acordo com a classificação da fase 2, os últimos colocados foram eliminados, os 2 do meio foram para a chave dos perdedores e o primeiro para a chave dos vencedores. Por fim o evento principal, que foi jogado em formato de eliminação dupla.

Fase 1:

A Team Liquid superou CIS Gaming e a MVP Phoenix por 2-0 e garantiu a última vaga na competição.

Fase 2:

Vici Gaming 12-3Evil Geniuses 11-4

Team DK 10-5, Invictus Gaming 9-6

Natus Vincere 8-7, Cloud9 8-7

Team Liquid 8-7, Titan 8-7, Newbee 7-8, LGD Gaming 7-8

Mousesports 7-8, Alliance 6-9, Team Empire 6-9, Fnatic 6-9, Na’Vi North America 5-10 e Arrow Gaming 4-11

Fase 3:

Durante a fase 3, a equipe chinesa da Newbee começou a dar sinais de que iria atrás das melhores posições. Derrotou duas das favoritas ao título, Na’Vi por 2-0 e a compatriota IG por 2-1.

Na outra chave a Team DK confirmou seu favoritismo ao superar a Cloud9 por 2-0, sendo a última partida em 11 minutos.

Evento principal:

O The International voltava a ser dominado pelos chineses, do top 4 apenas a EG não representava o país. A potencia chinesa da VG caiu cedo para a chave dos perdedores, mas construiu seu caminho para a grande final derrotando grandes times no processo, como DK e EG. Enquanto isso, a Newbee se provou como uma das favoritas, ao derrubar a VG por 2-1 e garantiu seu lugar na grande final ao superar a EG por 2-0.

Pela primeira vez na história dois chineses se enfrentaram na grande final. Porém ao contrário do ano anterior, a decisão foi um total dominio do time da Newbee. Desse modo, Chen “Hao”, Zhang “Mu”, Zhang “xiao8”, Wang “Banana” e Wang “SanSheng” tomaram de assalto o título e a premiação de U$5,025,029.

A grande final foi consederada a pior de todos os tempos pela grande dominancia exercida pela Newbee. Além disso o novo formato também não agradou e acabou não sendo mais repetido desde então.

 

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Apaixonado/viciado por Dota 2. Grande fã de esports e esportes em geral. Tentando sobreviver ao ano de 2020.
Formado em Comunicação Social pela ESPM-SP

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