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Castlevania 3° Temporada – Crítica

E um dos jogos mais conhecidos e também um dos pináculos de um recente sub-genero de jogos, os metroidvânia, ganha mais uma temporada em sua adaptação animada!

Sim! Castlevania chega à sua terceira temporada na Netflix, abordando agora como nossos protagonistas Trevor, Sypha e Alucard estão vivendo depois de matarem o poderoso Drácula.

ATENÇÃO! A CRÍTICA A SEGUIR PODE CONTER SPOILERS DAS 3 TEMPORADAS!

Mas tem algo a ser contado sem o Drácula? Ele não é o principal inimigo da série?

Pra ambas as perguntas, caro leitor, a resposta é sim!

De fato, o Conde Vlad Tepes é o principal antagonista tanto dos jogos quanto da série, e inclusive essa temporada reverbera muito das ações que o poderoso rei dos vampiros tomou nas duas temporadas anteriores em todos os 4 núcleos da história. Mas o que faz a qualidade do enredo que estava sendo contado até então não cair é que os outros antagonistas e vilões são tão interessantes quanto o próprio Drácula, principalmente a já conhecida Carmilla, que agora está junto de suas irmãs vampiras Strige, Moranna e Lenore.

4 núcleos? A história está tão divida assim?

Sim e não.

Sim, temos 4 núcleos agora que, graças a essa temporada ter mais episódios (10 eps com 20 min de duração em média), nenhum deles fica corrido ou mal explicado. Os núcleos tem como seus respectivos protagonistas Alucard, Trevor e Sypha, Isaac, e as quatro irmãs vampiras. Os núcleos entre si possuem poucas conexões ou nenhuma: o núcleo de Alucard é indiretamente ligado ao de Trevor e Sypha, mas em nenhum momento há uma interação entre ambos, e o núcleo de Isaac tem uma ligação direta mas branda ao das Quatro Irmãs porque elas tem como prisioneira Hector, o mestre de forja que traiu Drácula e que é o objeto de vingança de Isaac junto com Carmilla que também traiu o rei vampiro.

Isaac e Hector? Carmilla? O que de interessante eles tem para essa temporada de Castlevânia?

Apesar de não serem conhecidos do grande público, esses personagens, são desde a segunda temporada, muito bem construídos em suas motivações e objetivos.

Carmilla era uma vampira que se rebelou contra o lorde vampiro que à transformou, e junto a suas irmãs comanda seu próprio reinado. O que a motivou a trair o Drácula foi a evidente intensão suicida dele em declarar guerra à toda a humanidade e ao passado dela traumático de servir a homens desequilibrados. E na terceira temporada somos apresentados às suas irmãs, que no cenário político à completa: Carmilla é a regente, Strige a guerreira, Moranna a estrategista, e, Lenora a diplomata. E a interação entre elas é uma das novidades mais interessantes nessa temporada de Castlevânia.

Isaac e Hector foram ambos órfãs que foram discriminados e marginalizados, mas que possuem grande aptidão nas artes mágicas, e que o Drácula os acolhe como servos, dando propósito à ambos. Os dois amavam o Conde, e tinham uma grande devoção, porém apenas Isaac permaneceu fiel até o fim, o que deixa mais que compreensível a sede de vingança dele, e que é sua principal motivação agora.

A terceira temporada de Castlevânia é, mais que as duas anteriores, uma temporada de personagens, mas as aventuras não ficam pra trás, apenas não é o foco do momento.

Entendo. Mas quais são as aventuras desses núcleos?

Em todas, são aventuras que constroem mais ainda os personagens:

Alucard agora vive sozinho no Castelo, e a “aventura” dele é como ele lida com essa solidão.

Trevor e Sypha viajam juntos, e enquanto Sypha vai aprendendo mais sobre essa vida de aventureira e caçadora de monstro, Trevor começa a entrar em um dilema sobre a sua vida, pois agora não vive mais sozinho e está em conflito com suas emoções. Os dois viajam até a cidade de Lindenvelt, onde se deparam com uma situação sinistra que ameaça a cidade.

Isaac está atrás de vingança, e em sua busca tenta conseguir reunir forças para alcança-la, ao mesmo tempo que conhece pessoas que o faz questionar se realmente vale a pena levar à diante o objetivo do Drácula.

As Quatro Irmãs estão se organizando para reagir ao gigantesco vácuo de poder que a morte do Drácula trouxe ao mundo, mas principalmente Lenore se empenha em se aproximar de Hector, para que ele às ajude.

Todos esses núcleos são muito bem desenvolvidos no decorrer dessa nova temporada de Castlevânia, e a crescente que eles tomam é fenomenal! De situações simples, e até clichês, temos uma história muito completa, e somos apresentados a coadjuvantes interessantíssimos como o Capitão do núcleo de Isaac, Saint Germain no de Trevor e Sypha, e Zumi e Taka no de Alucard.

E o veredito?

O veredito sobre essa temporada é o melhor possível. Não apenas o enredo está ótimo, mas a animação continua excelente! De todas as animações da Netflix, Castlevânia talvez seja a que tem a animação mais fluída e com características próprias dela. O roteirista e criador Warren Elis e o diretor Seam Deats fizeram um trabalho incrível desde a primeira temporada, e sem dúvida hoje Castlevânia é uma das 5 melhores animações originais da Netflix.

É difícil dizer se essa é a melhor temporada, afinal a presença do Conde Drácula é um diferencial gigantesco, mas é com certeza a com a história mais madura e pesada até agora.

Com tudo isso dito, acho que a nota mais justa possível à 3° temporada de Castlevânia seria um 9,0/10 na escala de qualidade do Multiverso+.

E você? O que achou da 3 temporada de Castlevânia? Escreva nos comentários sua opinião, e para mais notícias de cinema e séries, siga o Multiverso+ nas redes sociais.

 

 

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Um historiador por profissão, que ama cinema e televisão e escreve por diversão.

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