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Mortal Kombat (2021) – Crítica Sem Spoiler

MOOORTAAAAAL KOOOOMBAAAAAAAAAAT!!!!  

 

Esse grito tem quase o poder de expurgar toda energia negativa dos últimos anos. Finalmente estreou a nova adaptação de um dos jogos de luta mais icônicos da cultura pop! O jogo, que foi adaptado pela primeira vez para o cinema em 1995, foi um dos maiores hits dos anos 90, que fazia as pessoas gritarem e sacudirem os braços loucamente em qualquer festa. Em 1997 tivemos uma continuação mas esse a gente pensa que foi só um delírio coletivo e tenta esquecer… 

get over here

 

GET OVER HERE!!! 

A característica mais marcante da franquia de jogos sempre foi a violência absurda, muito sangue e fatalities! Coisas que ficaram de fora dos filmes antigos devido a classificação etária de 13 anos. Porém agora temos um filme rated R, ou seja, para maiores de 18. AGORA MEU AMIGO(A) É FACADA NA CARA! É BRAÇO ARRANCADO! É TRIPA! É GENTE SENDO CORTADA NO MEIO POR UM CHAPÉU GIRATÓRIO! 

Sem contar que o uso de palavrões também está liberado. (Pelo menos na versão legendada… não tenho como confirmar ainda como está a dublagem).  

O filme é sem dúvidas um presente para os fãs. Desde lutas coreografadas com golpes clássicos dos personagens como bicycle kick do Liu Kang e o teleporte do Kung Lao. Até mesmo alguns memes entre os jogadores são referenciados, como quando um oponente fica sempre usando rasteira e você tem que ficar pulando… Além de claro, todas as frases icônicas dos jogos estão lá, GET OVER HERE!, FATALITY, FLAWLESS VICTORY, etc. 

 

jax sub zero

A HISTÓRIA 

Os problemas começam quando a gente tenta fazer algum sentido do que está se passando no filme. Vamos do começo… Mortal Kombat é um jogo de sucesso há mais de 2 décadas. É também hoje um dos únicos jogos de luta com um modo história. O que faz com que a história do jogo que já era relativamente conhecida agora fique ainda mais acessível. É perfeitamente compreensível e necessário introduzir o expectador a esse universo quando se está fazendo uma nova adaptação.  

A solução dos produtores foi a criação de um novo personagem que serviria como guia para o expectador entrar nesse universo. Apesar de existirem DEZENAS de personagens no jogo que poderiam fazer esse papel. O problema é que esse novo personagem é completamente sem personalidade e qualquer vestígio de carisma. O personagem é fraco e o roteiro também não ajuda. Todas as decisões que esse personagem tomou no filme inteiro não faziam o menor sentido.  

O filme começa muito bem. Os primeiros 10 minutos é uma linda abertura com uma coreografia impecável, boa caracterização e os personagens tem personalidade e apego emocional. Essa luta onde Sub-Zero mata toda a aldeia e familiares de Scorpion é tudo que o filme poderia ser.  

A dificuldade de se adaptar um jogo de luta pode vir exatamente da necessidade de haver lutas durante o filme. Calma que eu explico. É um jogo de luta… então é de se esperar que os personagens lutem o máximo possível enquanto você joga, afinal é esse o ponto do jogo. O filme também tenta ter o máximo de lutas possíveis, o problema é que 98% das vezes são desnecessarias, fora de timimg e sem contexto. Um exemplo, há uma cena que Sonya e Kano estão andando pelo deserto e no meio da fala resolvem lutar… do nada.. E também param de lutar do nada e continuam a caminhar.  

O triste é pensar que poderia ter sido bem melhor. Parecia que foi feito por alguém que assistiu alguém jogar, achou que pegou a ideia e decidiu fazer um filme. Sem necessariamente contratar um roteirista.  

 

FINISH HIM! 

Por fim a nova adaptação de Mortal Kombat é um excelente filme ruim. É ao mesmo tempo tudo que eu queria que fosse, a violência, os fatalities e as referências ao jogo. E é também tudo aquilo que eu mais temia que fosse, uma adaptação sem consideração nenhuma por uma história que faça o mínimo de sentido mesmo dentro do próprio universo.  

Se você quiser ver um filme pra se divertir, relaxar e ver bastante sangue tenho certeza que vai gostar. Agora, se prestar atenção por mais de 5 minutos no que está acontecendo na história vai se desapontar bastante.  

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Host do podcast Multiverso + e amante de cinema e qualquer tipo de história bem contada!

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